Ter e não ser

Jornal O Norte
Publicado em 13/04/2010 às 00:48.Atualizado em 15/11/2021 às 06:26.

Amelinha Souto



Com o passar dos séculos o mundo foi se tornando cada vez mais diferente. Em cada época as coisas foram criadas, inventadas para beneficiar e dar melhor qualidade de vida aos homens, aos animais, a natureza, e ao eco sistema de uma  maneira geral, preservando a vida. As buscas, os estudos desvendando muitos mistérios, situações, causas de variados sinais muitos dados pela natureza como defesas, avisos e não considerados, mas, com o passar do tempo deram e dão mostras, resultados muitos dos quais negativos trazendo problemas existências como os graves transtornos que infelicitam e trazem problemas para se viver pacifica e tranquilamente sem os abalos sofridos pelo planeta em decorrência da destruição causadas pelo mesmo homem. São muitos os estudiosos, descobrindo criando, desenvolvendo cientificamente, esclarecendo compreendendo os movimentos dos astros, das águas, dos assustadores e destruidores fatos que nos tem apavorado causando grandes catástrofes. Tanta as duvidas, suposições  sobre o cosmo, o sistema solar, no qual estamos inseridos, hoje conhecido pelo homem. Missão de homens que são heróis entregues a novos e benéficos conhecimentos e praticas de grande valor social.



Com o passar dos tempos os costumes da convivência da partilha, troca de materiais foi mudado pelo sistema econômico regido, mantido pela moeda, que não deixa de ser uma troca. Porém é o grande vilão da historia da humanidade. Gerador do poder maior, da desigualdade social, das ganâncias da usurpação dos alimentos, da justiça difundido e estimulado o roubo, a desonestidade para se fazer o maior, o melhor, o tal através do ter. A força da moeda cresceu e se tornou prioridade, a segurança para vencer a todos qualquer obstáculo. Ele corrompe, compra tudo. Infelizmente nos paises mais sem educação, cultura, preparo real a população se torna mais escravizada, excluída, a mercê do poder da mesma sem direito ate mesmo da preservação da vida. Maior dádiva do criador. Morre-se inesperada e prematuramente quando, falta a vil moeda. Enquanto quem a tem em abundancia, suga o fraco, submisso e humilhado pela situação no espaço que ocupa na comunidade onde vive. Rouba-lhe os direitos humanos, fazendo-o cada vez mais podre, mais fraco, mais impotente. Uns dos grandes desastres dos tempos atuais é a instituição das corrupções que esvaziam os cofres públicos em todos os lugares. Ficando sempre esquecidos os compromissos, promessas eleitoreiras feitas ao povo, assim como as políticas publicas quase sempre irrealizadas. São poucos os governantes os administradores que não pertencem a esse grupo. Todos sabemos da luta, do empenho, dos empréstimos feitos, para se chegar lá no poder, sabedores da facilidade das oportunidades dos conchavos negociadas, que enchem logo os bolsos repondo com generosas sobras os gastos das campanhas e compras de votos. A moeda pesa no bolso, mais não na consciência, que adormecida embriagada com a volúpia de ter, dorme em berço esplendido. Nas mansões, nos palácios no uso de tudo de melhor qualidade, usufruindo de todas as garantias. Indiferente `as diferenças sociais causadoras das desordens , revoltas, proliferação da desonestidade, da violência cujos os exemplos vem dos poderosos. Deste exercito existente da corrupção atual, onde em todos os lugares se encontram ladrões, assaltantes, negociatas camufladas e mesmo as claras. Essa situação perturbadora, que exclui, marginaliza, explora fazendo tudo para a garantia do ter. Endeusa, prioriza a moeda. Na verdade dentro do sistema que vivemos não se pode viver sem ela, mais não e tudo. Vivemos um tempo difícil e cruel para muitos causado pela opção de tantos em favor da opressão regida pela obsessão do ter. A Campanha da Fraternidade deste ano de dois mil e dez, a terceira ecumênica, nos alerta, nos chama a atenção sobre o assunto de tamanho a gravidade, que assola as sociedades de modo geral. O tema “Economia e Vida” nos mostra que andando juntas fazem os homens reféns da moeda, que acabou com as permutas dos materiais fazendo-nos dependentes. Sabe-se que quanto mais tem, mais se quer ter estimulada a ganância. Só se pensa no aumento da fortuna, do poder econômico. O maior motivo para se viver e ser feliz, segundo algumas pessoas. Fortunas estas muitas vezes em detrimento de outros. O lema da Campanha da Fraternidade atual é de profundo significado, “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”. Segundo Matheus Jesus transcorreu sobre a impossibilidade de amar ao mesmo tempo dois senhores. Amor verdadeiro só para um senhor. São tantos os excluídos, os fragilizados, os sofridos. Deus com sua misericórdia através dos seguidores das suas leis e das leis dos homens vivenciando os evangelhos na pratica do amor, da união, da partinha, da caridade e do acolhimento, ajudando ‘a medida do possível. Minimizando os sofrimentos, capacitando a necessitados a vencer suas dificuldades, a sobreviverem ´as injustiças a eles impingidas. Contando assim com cidadãos honestos respeitadores humanos que vivem e pensam nas situações e graus diferentes, nas injustiças sociais. Na luta, no compromisso com Deus e com os Irmãos vão atendendo, partilhando, acolhendo. Sem querer iludir, tapiar , tirar vantagem. Mas, infelizmente representam uma minoria. Que a Campanha da Fraternidade divulgada, sacuda os corações, as consciências e promova a união, igualdade, partilha, o respeito humano, a valorização do trabalhador, a participação nos lucros, de acordo com o seu rendimento. O sopro de justiça, na promoção da Paz e felicidade com vida plena, segundo Jesus. Convictos de que somos filhos de Deus, criados para “Ser, e não ter”. Que as Escolas promovam um ensinamento da vivencia, da paz da união, da justiça para que se faça um exercito de guardiões do direito de “Ser”, contra o estimulo, ideal de ter. Lembrando que fomos criados para ser, nesta passagem rápida pelo planeta embuidos de preservar, promover, a união, a paz no ser, em nome de Deus Nosso Criador.

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