O programa Sorriso no campo, em sua 5ª fase, vai atender 112 cidades do Norte de Minas, dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, e da região Central de Minas. A previsão é que atinja 50 mil pessoas, com ações odontológicas preventivas e curativas. A informação é da secretária de estado para o Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e do Norte de Minas, Elbe Brandão, durante reunião em Diamantina com representantes do governo, dos municípios beneficiados e de diversas universidades, entre elas a Funorte – Faculdades unidas do Norte de Minas.

Desde que foi implementado, há dois anos, o programa Sorriso no campo prestou atendimento, nas quatro etapas, que ocorreram durante as férias de julho e janeiro de 2004 e 2005, a mais de 120 mil pessoas nas zonas rurais dos vales e do norte do estado. Participaram 630 estudantes do último período de odontologia das faculdades parceiras, além de outros profissionais da saúde.

A próxima fase, que acontece em janeiro de 2006, começou, na verdade, com esta reunião em Diamantina, quando representantes das cidades participantes foram treinados para integrarem o programa, e conheceram as faculdades de odontologia que atuarão nos seus municípios.

SOLIDARIEDADE

O coordenador do Sorriso no campo, Luiz Henrique Maia Santiago lembra que o programa não é bom só para a cidade participante.

- Ele desperta o aluno para o trabalho comunitário. Como ninguém faz nada sozinho, acabam fazendo as coisas de coração.

A secretária Elbe Brandão, que está visitando os 188 municípios da área de atuação da pasta (já passou por 125) diz que o estado não tem condições de ser um agente transformador, sem que haja a participação das pessoas.

- Conheci a realidade de cada um município e sei que o primeiro pilar deste programa é termos solidariedade. Começamos com menos de 40 cidades. Hoje chegamos a 122, e mais ainda virão – frisou.

FÁBRICA DE SONHOS

Para o pró-reitor da Unilavras, Antônio Claret Guimarães, o Sorriso no campo é um projeto bem sucedido.

- As faculdades são fábricas de sonhos, onde não apenas fabricamos, mas também realizamos os mesmos. E com o Sorriso no campo temos como função principal a inclusão de pessoas, sobretudo jovens, na sociedade.

Fernando Zuba, da secretaria de estado da Saúde e referência técnica do programa, lembra que é capital a importância da participação acadêmica, no desenvolvimento do programa, o que interfere diretamente na formação do acadêmico em odontologia, permitindo-lhe a integração com o serviço prestado pelo SUS e, ao mesmo tempo, propiciar-lhe o saber comum.

- A inserção das equipes de Saúde bucal no PSF vem permitindo a expansão da rede odontológica nas áreas mais carentes de Minas, trazendo, como conseqüência, a melhoria dos indicadores pela incorporação da atenção em saúde bucal na realidade de cada município - justifica.

HOMENAGEM

A secretária de Estado Extraordinária para o Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e do Norte de Minas, Elbe Brandão, recebeu homenagem especial em Diamantina prestada pelo governo, com a entrega de uma placa.

O representante da secretaria de estado da Saúde, Fernando Zuba, foi quem prestou a homenagem.

Segundo Zuba partiu de Minas Gerais, no ano de 1994 o movimento nacional que culminou com a entrada das equipes de Saúde bucal no Programa saúde da família.

- Na ocasião foi decisiva a participação das entidades de classe, ABO e CRO-MG, e da deputada Elbe Brandão, que realizou em Minas Gerais a audiência pública chamada Dentistas da família. Esta reunião resultou em um documento que foi entregue ao então ministro da Saúde do governo Fernando Henrique Cardoso, José Serra, com o apoio de mais de 600 prefeitos e 6.000 dentistas mineiros. Hoje, a secretária é carinhosamente reconhecida como a madrinha do PSF - concluiu.

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