Sexo: uma nova atitude com amor e cumplicidade

Jornal O Norte
Publicado em 12/02/2009 às 10:01.Atualizado em 15/11/2021 às 06:51.

Felippe Prates



O primeiro passo para mudarmos nossa atitude em relação ao sexo é a entrega.  As pessoas pensam que antes de se permitir ter qualquer prazer precisam resolver todos os seus problemas. Não é bem assim.  Muitas vezes nós os resolvemos quando estamos alegres e aceitamos o prazer como uma bênção.  No ato sexual ocorre algo interessante: somos extremamente generosos e a nossa maior preocupação é justamente com o parceiro.  Achamos que não vamos conseguir lhe dar o prazer que ele merece e a partir daí o nosso prazer diminui ou desaparece por completo.



À primeira vista, esta, pode parecer uma demonstração de amor mas, na verdade, é um ato de culpa achar sempre que estamos aquém das expectativas dos outros.  Numa situação como esta, a palavra “expectativa” precisa ser banida. Se estivermos dando o melhor de nós mesmos, não há porque nos preocuparmos.  É preciso ter a consciência de que, quando dois corpos se encontram, ambos estão entrando juntos num território desconhecido.  Transformar isso numa experiência cotidiana é desperdiçar a maravilha da aventura.  Se, entretanto, nos deixarmos guiar nessa viagem, terminaremos descobrindo horizontes inimaginados.



Os segredos são os seguintes:  primeiro, você não está sozinho.  Se a outra pessoa o ama, está sentindo as mesmas dúvidas que você, por mais segura que possa parecer.



Segundo:  Abra a caixa secreta de suas fantasias e não tenha medo de aceitá-las.  Não existe um padrão sexual e você precisa encontrar o seu, respeitando apenas uma proibição: o de jamais fazer algo sem o consentimento do outro.



Terceiro:  Dê ao sagrado o sentido do sagrado.  Para isso, é preciso ter a inocência de uma criança, aprendendo a aceitar o milagre como uma bênção.  Seja criativo, purifique sua alma através de rituais que você mesmo inventa, como seja criar um espaço especial, fazer oferendas, aprender a rir com o outro para quebrar as barreiras da inibição.  Acredite que você está vivenciando uma manifestação da energia de Deus.



Quarto: Explore seu lado oposto.  Todos nós temos no nosso corpo, na nossa alma e no nosso espírito uma ou mais características do sexo oposto, por mais que esperneiem os machões de plantão, os inevitáveis ignorantes, insuportáveis idiotas da objetividade.  É da nossa natureza, inerente, visceral e não existe qualquer comando sobre isso, seja de ordem física ou mental.  Assim, segundo a conhecida perua Marta Suplicy, a rainha da vulgaridade, “relaxe e goze”...  Exercendo esta verdade inexorável, portanto, se você é homem, procure, às vezes, pensar e agir como mulher e vice-versa.  Atenção:  Olho vivo! Cuidado para não perder o caminho de volta...



Quinto: Entenda que o orgasmo físico não é exatamente o objetivo principal de uma relação sexual, mas apenas e certamente uma conseqüência de inúmeras condicionantes e preliminares, que podem ou não acontecer, principalmente numa primeira vez.  O prazer nada tem a ver com o orgasmo, mas com o encontro.



Sexto: Identifique seus medos e divida-os com o seu parceiro.  Você poderá ter uma agradável surpresa, ao surgir uma solução que não lhe ocorreu.  Quando isso acontece, torna a interação       muito gratificante, aproximando mais ainda as pessoas.



Sétimo: Importantíssimo!  Permita-se ter prazer.  Assim como você está ansioso para se dar, a outra pessoa também quer o mesmo.



Quando dois corpos se encontram, se ambos querem dar e receber, todos os problemas desaparecem e, com os corações disparados de tanta realização pessoal e alegria, a vida se torna uma beleza...



Referência:  Revista “O Globo”.


Falem-nos:  felippeprates@ig.com.br    

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