Ajax Tolentino
Advogado e escritor
A humanidade poderia viver melhor e ser mais feliz. Deus lhe deu qualidades para isso. Mas também lhe deu o livre arbítrio para fazer o que quiser.
Esta é a diferença dos humanos para outros seres, podem até nem ter asas nem barbatanas, mas possuem a inteligência, que foi colocada a serviço deles por Deus. E assim, com ela, tornam-se superiores a qualquer peixe ou pássaro. Pois um barco, um submarino faz coisa que nenhum peixe pode. Os aparelhos voadores fazem vôos que nenhum pássaro consegue fazer, e vão até fora da atmosfera, no espaço. No entanto, o homem da terra não usa como deviam a sua inteligência em favor da humanidade. Preocupam com o enriquecimento material, com os bens que o planeta oferece gratuitamente a todos quantos nele vivem. Quando foram criados por Deus, tudo foi dado para satisfazer as necessidades básicas deles. Mas de uma forma estupidamente gananciosa, eles se aproveitam para monopolizar estes mesmos bens, para si em detrimento dos outros. O nosso planeta devia ser gerido de forma que apenas se trabalhassem para cumprir as tarefas, cada um na sua aptidão. E que todos usufruíssem dos bens existentes, permitindo que cada um tivesse a vida facilitada, simplesmente tudo permaneceria de graça. Que não existisse dinheiro. Deus criou os humanos para serem iguais. Aí vem esta coisa inventada pelos homens, a economia, para levar todos a usura.
Estes gananciosos frutos de uma economia podem até pensar no bem-estar da humanidade, mas não se sacrificam para isso. Desejam que venha uma divindade, e com um estalar de dedos resolva os problemas que afetam a humanidade.
Para que este planeta seja justo e harmonioso, seria necessário que não fossem dirigido por humanos preocupados com a materialidade, mas por aqueles que preocupassem com a humanidade.
E que estes determinassem a composição de uma sociedade, com as distribuições de tarefas, cada um teria a sua, conforme a sua aptidão.Tudo pertencendo a todos, e todos teriam as suas partes, com luz, água, alimentação, combustível, e outros. Somente poderia ser individual, o carro, a casa, roupas e outros bens de primeira necessidade. Só assim a felicidade chegaria para todos, e não haveria o auto extermínio, com a poluição e as bombas atômicas e outros.
Esta é a maneira com a qual serão salvos o planeta e a humanidade, nada de guerra, nada de poluição e nada de usura. Para os cientistas nada de bomba atômica e inventos bélicos. Assim eles teriam tempo de trabalhar em prol da humanidade. Com a colaboração de lideres preocupados com a humanidade. Seria assim: cuida-se de um porque ele cuidará de outro, assim todos cuidarão de todos e juntos cuidarão do planeta.
A religião é outra que não ajuda, tem um conjunto de ideais, e cada grupo tem seu ideal diferente. Assim também, não ajuda a promover a paz e a união. Deveria haver um concílio religioso mundial, para acontecer uma união maior entre as religiões. Pois Deus é um só, para que tantas divergências.
TUDO ISSO NÃO É UTOPIA!
Pois os nossos ancestrais humanos, os índios das Américas, há uns mil e quinhentos anos atrás, tinham a suas sociedades humanas nestes moldes. Havia um chefe, o cacique, que dirigia com humanidade a comunidade indígena, sendo todos iguais. Os homens eram encarregados da caça e pesca, e de ensinar os jovens homens. As mulheres, do plantio, de fazer as comidas, criar as crianças. E ensinar as jovens mulheres. Todos tinham suas tarefas, e todos tinham suas ocas, que eram feitas por todos e para todos. A única coisa individual que eles tinham, eram os instrumentos de caça e pesca e os tapa-sexo. O resto era da comunidade. Tudo que plantassem, caçassem e pescassem era de todos.
Há mais de um século atrás, os índios não eram cultos mas já eram sábios.
Nós somos cultos, mas ainda hoje não somos sábios, como os índios.
Num dia em que formos sábios, sem moedas, sem economia, sem bombas atômicas, sem poluição, com certeza os humanos serão felizes, e os cientistas terão tempo para descobrirem um remédio para curar o câncer, uma vacina polivalente para todas as epidemias e um antibiótico que cure até a infecção hospitalar.