Reflexões sobre a dengue!
As alterações climáticas vêm se acentuando em todas as partes do mundo, resultado principalmente do aquecimento global. Aqui no Brasil estamos em pleno verão de sol, calor e chuvas, o que nos remete ao perigo da dengue, pois estas condições são muito favoráveis para a proliferação do temido mosquito. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil o período de maior concentração dos casos de dengue é bem específico: cerca de 70% dos casos de dengue concentra-se nos meses de janeiro a maio. E ainda, nos últimos 20 anos tivemos quatro grandes epidemias da doença nos anos de 1998, 2002, 2008 e 2010.
Seria então repetitivo falar sobre a dengue? Tema altamente difundido pela mídia.
Quem não sabe quais os cuidados que se deve ter para evitá-la? Eliminação de criadouros do mosquito, como locais que podem acumular água limpa e parada (pneus, vasos de plantas, caixas d’água).
Se todos sabemos como evitar por que ainda temos tantos casos de dengue e mortes relacionadas? O Levantamento do Índice Rápido de infestação por aedes aegypti realizado em outubro de 2010 detectou-se aumento de 89,7 % de casos em relação ao ano anterior. Foram 936.260 casos, 14.342 casos considerados graves e 592 mortes em decorrência da dengue, sendo passível de aumento, pois somente considerou até o dia 16 de outubro de 2010.
E falando em mortes voltamos nas alterações climáticas, sem nos reportar ao Japão, lembro do desastre climático na Região Serrana do Rio de Janeiro, no início deste ano, que dizimou aproximadamente 900 vidas de acordo com as prefeituras dos municípios afetados. Relaciono essas mortes, por muitos ditas como evitáveis por ações governamentais e por políticas sérias de urbanização, com as mortes por dengue no Brasil no ano de 2010.
O desastre climático na sua magnitude e capacidade de devastação incontrolável dizimou muitas famílias assim como é considerável as perdas humanas causadas pela dengue.
Se você pudesse gostaria de evitar as mortes na Região Serrana? Acho que todos nós gostaríamos.
Pois é, no caso da dengue, com ações individuais simples nos nossos domicílios, onde se encontram 90% dos focos de dengue, podemos ajudar e muito a acabar com a dengue. Claro que também é preciso envolvimento dos diversos setores do poder público que vão além do setor da saúde, como infraestrutura, transporte e meio ambiente. Mas a maior dificuldade, apesar de serem na maioria das vezes ações individuais, está em depender da adesão de todos com atitudes que na totalidade conseguiria deter a dengue. Todos têm que cooperar!
Que tal cada um fazer sua parte?