A secretaria municipal de Saúde de Montes Claros iniciou, nesta semana, o cadastramento de pretendentes a cirurgias eletivas, após a elaboração de estudo que constatou significativa demanda reprimida para colecistectomia - vesícula, varizes, amigdalectomia, adenoidectomia, postectomia - fimose e artroscopia. A iniciativa faz parte da nova estratégia de ampliação de procedimentos eletivos de média complexidade.
O objetivo do cadastramento é identificar e quantificar pacientes potenciais para tais procedimentos cirúrgicos e, uma vez feito o levantamento, encaminhar ao ministério da Saúde o demonstrativo da necessidade da ampliação do teto financeiro e da cota mensal.
Atualmente, o município de Montes Claros - a título de exemplo - só dispõe de 44 procedimentos cirúrgicos de varizes por mês para atender a uma demanda superior. Técnicos da secretaria municipal de Saúde estimam que, para suprir as necessidades da população, o ideal seria, pelo menos, 100 procedimentos mensais, incluídos pacientes do município e de outras cidades que compõem a microrregião de Moc.
LEVANTAMENTO
O levantamento detectou ainda, a necessidade de ampliação do teto orçamentário para a cobertura dos seguintes procedimentos cirúrgicos eletivos, com suas respectivas metas: 110 colecistectomia, 50 hemorroidectomia, 30 colpoperineoplastia anterior e posterior, 20 miomectomia, 50 adenoidectomia/ amidalectomia, 25 artroscopia e 30 postectomia.
A planilha elaborada pela equipe técnica de planejamento da secretaria municipal de Saúde revelou a necessidade de ampliação de outros procedimentos cirúrgicos eletivos para, por exemplo, 25 para artroscopia e preservação dos últimos números realizados por ocasião dos mutirões cirúrgicos para catarata (150), 24 próstata, e 65 para retinopatia diabética.
Para atender a demanda oriunda de uma população de 355.395 pessoas da microrregião de Moc ( 336.132); Claro dos Poções (8.170); Glaucilândia (2.864); Itacambira (4.282); Juramento (3.947), serão necessários recursos financeiros da ordem de R$ 29.616,25 mensais.
O estudo realizado, somado ao resultado do recadastramento, será encaminhado ao mnistério da Saúde com solicitação fundamentada de novos recursos que comporão o teto orçamentário e de cotas para a realização de cirurgias eletivas na cidade.
Uma vez autorizado o teto orçamentário-financeiro, também para as cotas pelo ministério da Saúde, esses procedimentos de cirurgias eletivas serão distribuídos aos hospitais da cidade conveniados ao SUS - Sistema único de saúde, únicos na microrregião a realizar média complexidade.