José Wilson Santos
Jornalista
zewilsonsantos@hotmail.com
Os homens, pelo menos boa parte deles, estão no rol dos bichos que não se livram do que fazem no banheiro, mesmo a despeito de a vida moderna proporcionar a comodidade do botão da descarga.
Francamente!
É o fim da picada encontrar um sanitário de boteco mais amarelo que o amarelo-canário da Novacor, ou com um daqueles barros que depois de endurecidos precisam ser dinamitados pra descerem e cumprirem sua sina de empestear a Avenida Sanitária.
Isso, quando os caras não fazem o número um diretamente no chão, costume cada vez mais em voga em barzinhos e botecos, em cujas paredes também começam a aparecer obras de arte pintadas de marrom, com os artistas usando as pontas dos dedos.
Situação tão vexatória que, em botecos, para o bem da saúde pública, melhor seria a gente não estender a mão nos cumprimentos.
Banheiros de barzinhos, botecos e similares costumam ser sinônimos de fedentina, pra desespero da minoria que preza e cultiva a higiene como princípio básico do viver bem, principalmente e notadamente em sociedade.
Daí porque certos freqüentadores dessas casas deveriam passar por uma reciclagem, reaprendendo a usar as instalações sanitárias, caprichar na pontaria, dar descarga e lavar (de preferência bem) as mãos, mesmo quando não tenham pintado a parede.
Saiba o senhor que higiene em banheiro é coisa tão séria - mas tão séria - que em alguns países europeus, o homem está obrigado por lei a mijar confortavelmente assentado no vaso, sob pena de multa, como garantia de que nem um pingo escape ao sanitário.
Uma lei supimpa, que viria a calhar por essas e por quantas plagas os índios-velhos não usem corretamente as instalações sanitárias.
Onde já se viu o sujeito usar o banheiro, mesmo que na casa dele, e não dar descarga, deixando-o limpo pro usuário seguinte?
Como nunca na estória dos banheiros públicos os ditos cujos estiveram tão sujos e fedorentos, e enquanto não pinta o curso de reciclagem pros mijões descalibrados, o degas aqui aponta solução de emergência: a casa contratar funcionário exclusivamente para a limpeza, acrescentando na conta um real por cabeça masculina, a título de pagamento do serviço.
Mesmo os cuidadosos, como é o caso do degas aqui, pagariam com prazer, pela satisfação de usarem um banheiro decente também fora de casa.
Falei, disse e ta falado!