Relacionamentos interpessoais na pós-modernidade: o que fazer? O que a Bíblia fala sobre isso?

Jornal O Norte
Publicado em 30/04/2011 às 09:13.Atualizado em 15/11/2021 às 17:26.

Rev. Carlos Alberto Cavalcante(*)


Cavalcante@oi.com.br






“Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos dos prazeres que amigos de Deus [...] 2ª Timóteo 3.1-4



Olhando para o texto acima, escrito ainda no meado do primeiro século e comparando com nosso século parece que estamos vivendo plenamente estes “últimos dias”. Um olhar minucioso a nossa volta em diversos ambientes tais como: no trabalho, na vizinhança, nos bancos escolares e universitários. É difícil não nos lembrarmos destas recomendações do apostolo dos gentios que inspirado por Deus olha para um futuro já presente no primeiro século mais abre uma janela para “os últimos dias”. Podemos detectar que estes últimos dias chegaram sobretudo quanto ao quesito relacionamentos interpessoais.






Um olhar do ponto de vista Bíblico sobre o relacionamento



É sabido de todos nós que Deus constitui homens e mulheres que vivessem em plena harmonia, todavia podemos constatar que os homens se afastados primeiro de Deus e depois de seus semelhantes. Como diz a letra da música de um grupo pop-rock. “Homem primata, capitalista e selvagem.” Hoje em dia é fácil notar em diversos ambientes que os homens buscam algo primeiro para si e depois para si, caso sobre algum tempo, podemos nos lembrar dos outros. “Primeiro eu, segundo eu e terceiro eu”. No trabalho as pessoas vivem em constante tensão, parece que estamos num campo de guerra onde somente aqueles que são fortes e poderosos podem e devem sobrevir.  Mas a Bíblia diz que tantos os fraqueza com a fortaleza vem do Senhor e, portanto devemos carregar as cargas uns dos outros.






“Sobrevirão tempos difíceis”



Quantas pessoas você conhece que já mudou de trabalho e até mesmo de profissão por diversas razões e ainda assim não conseguem ter um bom relacionamento no ambiente de trabalho, quantos casamentos serão necessários para que não haja mais “incompatibilidade gênios”, quanto tempo perdemos numa busca frenética pelo lugar certo, pelas pessoas certas, pelo emprego certo, etc. Afinal de contas estamos ou não vivendo tempos difíceis? Senão vejamos, por exemplo: a era da cibernética, onde quase tudo é digitalizado, o tempo é essencial e a produção deve ser inquestionável e ponto final. Desde a revolução industrial estamos vivendo tempos de inquietação quanto aos nossos relacionamentos, mal temos tempo de uma dose de conversa e temos que retornar ao corre-corre, caso contrário a “produtividade” será comprometida. As palavras da era digital já não são que usávamos há 20 anos, geralmente são siglas, novas abreviaturas, somos “poliglotas” sem saber. Quantas pessoas você conhece que escreve cartas? Dificilmente os membros de uma família têm tempo de almoçar juntos, pois cada um tem os seus afazeres e tudo é muito individualizado, “pois os homens serão egoístas”, tempos de difíceis relacionamentos onde falamos o tempo inteiro com máquinas estrategicamente programadas para ser tudo muito rápido.






Há esperança na Bíblia para “os tempos difíceis”?



Paulo alerta ao jovem pastor Timóteo na mesma carta [2ª Timóteo 3.10] “Tu, porém, tens seguido, de perto, o meu ensino, procedimento, propósito, fé, longanimidade, amor, perseverança”. Após ter alertado sobre os perigos dos últimos dias, agora Paulo iria listar a esperança para que possamos nos manter firme e buscarmos relacionamentos saudáveis mesmo em dias muito difíceis: Um destaque para seguir o seu procedimento. Então tempos na própria Bíblia a esperança para vencer os desafios dos relacionamentos em tempos difíceis, há um modelo a ser seguindo, existe parâmetros! É importante lembrar nesta conexão que o padrão de relacionamentos interpessoais está detalhadamente na Bíblia e nela encontramos o propósito pelo qual Deus nos fez seres relacionais. Sabemos que muitas pessoas não compreendem como os genuínos e autênticos cristãos conseguem ter um excelente relacionamento mesmo em tempos difíceis. Como resposta a esta possível pergunta, precisamos lembrar primeiro do grande amor de Deus em ter permitido que Jesus voluntariamente morresse por amor em nosso lugar a fim de que façamos novamente nossa conexão com ele, através de um novo relacionamento, ainda, com o seu corpo que é a igreja viva. Mas percebemos também que a chave para desenvolvermos relacionamentos sadios está em toda a Bíblia. Vemos por exemplo: que Paulo após fala sobre como devemos demonstrar nosso amor para com os outros aos irmãos da igreja de Corinto, ele diz: “Permanecem a fé, a esperança e amor, e estes três; porém o maior deles é amor” de fato o amor é o dom supremo de Deus para conosco e por isso devemos superar todas as dificuldades em todos os ambientes que Deus nos coloca tendo em vista o amor altruísta.



(*) Pastor da Igreja Presbiteriana Cidade Nova

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