Psicologia e Comportamento: série Ergonomia das cores - Amarelo que te quero amarelo - por Leila Silveira Miranda

Jornal O Norte
Publicado em 31/03/2008 às 10:57.Atualizado em 15/11/2021 às 07:29.

Leila Silveira Miranda


leilaasilveira@bol.com.br



O amarelo é a cor do sol, é a cor da música, a cor do tempero, da riqueza interior, do plexo solar, da inspiração e da prosperidade...



O amarelo talvez seja a cor mais complexa, a que experimenta a maior possibilidade de tons, a que mais (des)combina com as demais.



Com o amarelo todo o cuidado é pouco... Seu exagero pode compelir à ganância e ao exagero e sua palidez denota perplexidade, surpresa, consternação... O amarelo requer cuidadas, atenção e moderação, pois sua ostentação pode atrair invejas, cobiças, violências, discussões e sua ausência deixa a vida sem brilho, sem imaginação, sem criatividade.



O próprio ouro amarelo e por excelência a jóia mais rara da natureza se oculto em sombras nos subterrâneos do existir, se oxida, lembrando o



“ouro-preto” das Minas Gerais.



Amarelo é a cor do domingo, dos dias de sol, do verão, embora sua exposição em demasia pode provocar “queimaduras”.



Nada melhor para um intelectual e também para um deprimido que usar amarelo numa bela manhã de sol e se deixar “passear” pelas ruas e bosques que a vida maravilhosamente nos presenteia gratuitamente.



Se a rosa vermelha é paixão, a amarela é namoro, é romance, é gentileza, é admiração, é troca, é reciprocidade, generosamente e bem querer.



O amarelo também significa respeito, consideração, bons fluidos, liberdade, conquista, brilho, autenticidade, coragem e elevada auto-estima.



O amarelo é movimento, é mercúrio, é mudança, é respiração.



O amarelo como toda preciosidade não é para se “jogar-fora”, não é a cor do dia a dia.



O amarelo impõe como a seleção canarinha do Brasil, certo temor aos adversários pela forma aberta e extravagante com que se exibe. Transmite exuberância, extroversão, bom humor e alegria de viver e de amar.



O amarelo deve ser protegido, de muita exposição, das intempéries e de pensamentos negativos, recoberto como o fazem à casca da batata, da banana, o caldo do pudim...



O amarelo deve ser o recheio, a sobremesa, o “clímax”, o gozo interminável de uma linda noite de amor transcendental.



Amarelo é sinônimo de qualidade! Não é a toa que os avançados programas de Qualidade nas empresas como o Q-Lean ( manufatura “enxuta”) tem o amarelo do girassol como seu símbolo!



Não abuse, porém, do amarelo, para o “feitiço não virar contra o feiticeiro”. Mas use-o com parcimônia no dia-a-dia, pois ele brilha por si mesmo.



Aproveite as celebrações, os casamentos, as festas e ocasiões especiais para aí sim, aproveita-lo ao máximo.



Sem o amarelo dos ipês e dos girassóis as primaveras não seriam as mesmas...



Saboreí o amarelo das amexeiras, o doce mel das bananas, o suco refrescante das laranjas, o  canto doce que brota  do peito aberto de um sabiá, do bem-te-vi, do canário-belga.



O amarelo dá status, realeza, majestade e prosperidade, para quem, como os grandes reis, como Salomão, conhecem o peso da justiça, o equilíbrio dos dois pratos da mesma balança e não se iludem com as fantasias, ganhos fáceis e “ contos da cigarra”, desperdiçando todo o verão.

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