André Senna *
Espero ter contribuído com todos os que têm interesse no que realmente é sério e se diz respeito à universidade e à política moderna a ser instalada no Norte de Minas, em especial na cidade de Montes Claros. Eu amo essa universidade, amo Montes Claros, amo o Norte de Minas, amo Minas, amo o Brasil. Desta forma, não pude ficar calado frente a atitudes, atos e desmandos tanto no meio acadêmico como na política de nossa amada Princesa do Norte.
Gostaria de deixar bem claro que não tenho inimigos. Àqueles que no decorrer do ano que se passou utilizaram de métodos nada convencionais para tentar me calar, calar o Jornal Universitário, desejo-lhes um ano bom e empenho minha palavra que jamais se calará. Sempre seja quem for nadar contra a maré democrática será cobrado, acusado e responsabilizado por suas atitudes. Espero que em dois mil e oito, que é um ano político, nós universitários de todas as partes do Brasil façamos à diferença.
Vamos analisar nome por nome, ideais por ideais e, no mais profundo realismo, votar bem e tentar fazer do mundo político um mundo em que os eleitores possam sentir orgulho e não vergonha, como sempre tem sido. Não me calo e há quem me julgue utópico até entre os que já exploram os norte mineiros. Estudantes, pessoas de bem, vamos acreditar que a política possa dar certo. Vamos mudar a figura de político que hoje é pior que a de qualquer bandido, e com razão. Votemos com fé e alegria, pois como dizia Ulisses Guimarães “a política se faz com felicidade e não com rancor e perseguição”.
Uma coisa é certa: a possibilidade existe em qualquer que seja a circunstância. Que Deus nos ajude a tirar de cena os velhos carcarás e dinossauros que atormentam a população norte mineira como verdadeiros abutres.
Montes Claros tem jeito sim. Esta frase não é nova. Escutei há cerca de dezessete anos, numa conversa entre meu tio Jorge Bodão e meu avô Zeca Guimarães. Meu tio, político atuante que de tanto tentar mudar o quadro político esfacelado acabou traído pelos seus companheiros de uma vida inteira. Meu avô Zeca foi um dos primeiros presidentes da câmara municipal de Montes Claros. Naquele tempo em que o cargo não era remunerado. Os políticos tinham realmente ideais e vontade de mudar o destino de seus descendentes. Agora, acho que temos sim a chance de, a partir de outubro deste ano, mudar o curso da história. Em dois mil e dez a reforma se tornará completa, com a graça de Deus e a vontade dos homens.
Não votem em mensalões, gente que usou de má fé com empresas de renome, como os correios do Brasil. Esqueçam aquele candidato que lhe oferece emprego. Mentira! Só olha para o próprio umbigo e você jamais será reconhecido por ele, mesmo com seus ideais, por mais belos que sejam. Enfim, o projeto universitário tem 2008 como um ano de definições e não mediremos esforços para barrar aqueles que não querem o melhor.
Se a nossa geração não puder ver a evolução política, que nossos filhos e netos tenham nos políticos um exemplo de representação social, e nos políticos do passado um exemplo de como tudo pode dar errado. Está em nossas mãos. Sejamos conscientes. Vamos fazer do Norte de Minas um pólo reconhecido em todas as esferas de governo. E que não sejamos apenas números, estatísticas para eleger quem quer que seja. Exigimos respeito. Somos norte mineiros sim, e com orgulho.
* Universitário