André Senna *
Praças dos Jatobás, um bonito nome. Quem é visitante de outra cidade e ouve esse nome logo imagina um logradouro com árvores frondosas, bancos para se sentar à sombra e apreciar as flores dos canteiros e a beleza robusta dos pés de jatobá. Mas a realidade é muito diferente do nome. Denominam de Praça dos Jatobás um logradouro público, ou melhor, um lote vago onde só há a triste imagem de três pés de jatobá mortos, com seus troncos pintados de amarelo, preto e vermelho, como se estivessem tripudiando daquelas que foram, no passado recente, enormes árvores e hoje não passam de natureza morta.
Não há sombra no local. O sol castiga, não há canteiros ou gramados, mas sim pó de brita e capim seco. E, apesar de ficar entre a sede da Governança solidária, da secretaria municipal de Meio Ambiente e de um núcleo ambiental, recentemente inaugurados a toque de caixa, o governo municipal não demonstra interesse em transformar o lote vago em uma praça de verdade, onde as famílias possam passar momentos agradáveis à sombra de alguma árvore, quem sabe consigam mudas de jatobá para fazer jus ao nome...
Por enquanto, continuamos a achar vergonhoso chamarmos um lote vago de praça, é no mínimo zombar da cara do povo. Pintar aqueles falecidos, por ignorância pública, com as cores da atual administração é, senão mórbido, uma representação fiel da ideologia morta dos que compõem o quadro administrativo atual, salvas algumas exceções (poucas).
O modelo aplicado pela equipe do prefeito, que é homem inteligente, é tão podre quanto os troncos dos pobres jatobás, e uma hora o que não presta, o que está morto desaba, como vem desabando assustadoramente a nau da nova história que dizem que começou e ninguém viu...
* Universitário