Amanda Amarante
Muito duvidosa a pesquisa que vem sendo espalhada na cidade desde o último fim de semana, disseminando informações contrárias às manifestações populares que podem ser vistas à olho nu pelas ruas de Montes Claros.
Todos os caminhos levam a crer que é uma pesquisa, no mínimo, fantasiosa.
Para que as pesquisas eleitorais sejam divulgadas, é necessário que essas sejam registradas anteriormente. Em 28 de agosto, o juiz eleitoral Antônio Adilson Salgado Araújo, indeferiu o registro da pesquisa realizada pela CP2, pois esta era irregular e constava candidato a prefeito que sequer foi registrado, proibindo a divulgação de seus resultados.
De forma inexplicável, com uma velocidade fora da normalidade, a mesma CP2, cuja pesquisa foi proibida três dias antes requereu registro de nova pesquisa em 01 de setembro, esta mesma pesquisa que está sendo divulgada pela cidade.
É de se estranhar: A CP2 diz que foram realizadas 700 entrevistas como amostragem para pesquisa. Ora, como em apenas 03 (três) dias - sexta, sábado e domingo - foi possível consultar 700 eleitores em 10 bairros diferentes, levando em consideração a idade, o sexo, a escolaridade e outros quesitos? O que é mais fantástico: ainda que tenham sido realizadas as consultas populares, como foi possível, em tão curto prazo, compilar essas informações e gerar estatísticas?
Todos estes questionamentos levam a crer que a cidade de Montes Claros pode estar diante de uma mera manipulação de números, atendendo a interesses individuais e desvirtuando o intuito de uma pesquisa eleitoral, que é situar o eleitor divulgando a verdade dos fatos.
Não se pode esquecer também de onde vem esta pesquisa! Os recursos para a realização da mesma foram obtidos junto ao jornal O Tempo, aquele mesmo jornal, que dias atrás, tentou de todas as formas atingir o candidato Ruy Muniz com uma série de fatos mentirosos a seu respeito.
Talvez estejamos diante de mais uma tentativa de manipular a mentalidade do eleitorado montes-clarense, agora com inverdades vestidas de estatísticas.