Augusto Vieira *
Meu querido Pato, nesta tarde de domingo, depois de receber notícias sobre seu estado de saúde, através da prima pelo coração Márcia “Yellow” Vieira, bateu uma puta sodade docê. Só consegui expressá-la num poeminha. Lute amigo, até o fim. Estaremos sempre juntos. Axé!!!
E lá vem ele, soberano, pela Rui Barbosa,
Com tênis, calça jeans, colete e seu “oclin”,
Buscando amigos prum naco de prosa
Observando tudo, tim tim por tim tim.
De repente ouve, ao longe, um grito antigo
Pára, procura circunspecto o autor do brado
E vê dois braços lhe estendendo abrigo:
É Tico Lopes, sorrindo emocionado.
Depois do abraço, num banco da Praça
Onde existia o mais lindo Mercado
E agora existe um predião sem graça
Deixam o papo de sempre atualizado.
Levantam âncoras. Ao Café Galo!
Quem sabe pra rever linda mulher
Desfilar, sem passarela e no embalo
De ardentes olhares de quem não a quer.
A cervejinha? Não sem a guia: “Viriatinha”.
Estalam a língua, saboreando o “mé”,
Na esperança de por ali dar uma voltinha
Um grande amigo, Haroldinho, o “Cabaré”.
E não é que ele aparece? Foi milagre?
Eta, o homem chegou! Ô trio “bão”!
Só tomando mais uma, seu cabeça de bagre!
Isso é hora de chegar? Que dormição?!?!
E descem os três à Praça da Matriz,
Celebrando a vida e o encanto da amizade,
Ao encontro de um imenso ex-Juiz
Que os espera desde o cair da tarde.
E o paquiderme, ao vê-los, se levanta
E solta fogos temporões de “seu” Firmino.
E na Igreja Padudu, solene, canta
Em homenagem ao amor um novo hino.
E esta visão e este momento terno
Naquela Praça, antes florida e bela,
Patão, amigo, artista, imortal e eterno,
Registra tudo numa imensa tela
* Escritor