Os dilemas da humanidade: Quando nos esquecemos de celebrar o Rei dos reis

Jornal O Norte
Publicado em 30/06/2011 às 08:25.Atualizado em 15/11/2021 às 17:30.

Rev. Carlos Alberto Cavalcante (*)



O reino do céu é semelhante a um rei que celebrou o casamento de seu filho (Mateus 22.2). Jesus tinha uma metodologia especial para instruir seus discípulos e todos aqueles que o cercavam para ouvir seu ensino e suas preleções. A utilização de metáforas, parábolas e comparações eram certamente as mais utilizadas pelo mestre. Mateus e Lucas registram a parábola da festa de casamento, comparando o chamado para fazer parte do reino de Deus com o chamado para festejar as bodas de um casamento. Algumas personagens sem nomes são propostos pelo mestre. Jesus afirma que o rei enviou servos para chamar os convidados para a festa e eles não quiseram vir. Você já foi chamado para ir a uma festa especial e decidiu simplesmente não ir? E depois fica sabendo que a festa foi maravilhosa e que você perdeu coisas que não poderá ter novamente, como por exemplo, o contato com amigos que você não encontrava há muito tempo e, sobretudo, o clima que ficará entre você e anfitrião da festa.





A parábola que Jesus conta diz que os primeiros convidados simplesmente não quiseram ir, sem nenhum motivo aparente. A parábola continua, pois o rei estava desejoso em convidar pessoas para suas bodas. O texto diz: Depois enviou outros servos, ordenando: Dizei aos convidados: Meu banquete já está preparado; meus melhores bois e novilhos já foram abatidos, e tudo está pronto. Vinde para o casamento (Mateus 22.4). O quê você diria diante de um convite desses? Afinal a festa teria tudo de bom, seria o que chamamos em nossos dias uma festa 0800, tudo de graça, basta ir à festa e se apresentar ao rei e desfrutar do melhor.





Mas a parábola que Jesus contou aos seus discípulos nos intriga, pois a resposta dos convidados foi repugnante. Veja o que Mateus registrou: Eles, porém, fizeram pouco caso do convite e foram, um para o seu campo, outro para os seus negócios; e outros agarrando os servos, maltrataram-nos e os mataram. Imagine com deve ter ficado o rei diante de uma resposta como essa. Quero abrir um parêntese nesta conexão que Jesus advertiu seus discípulos em diversas ocasiões que eles seriam perseguidos, humilhados e até mesmo mortos por anunciarem as boas novas do reino. Paulo advertiu a igreja quando escreveu para o jovem pastor Timóteo em sua segunda carta no capítulo 3 dizendo: Sabe, porém, que nos últimos dias haverá tempos difíceis, pois os homens amarão a si mesmos, serão gananciosos, arrogantes, presunçosos, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, incapazes de perdoar, caluniadores, descontrolados, cruéis, inimigos do bem, traidores, inconseqüentes, orgulhosos, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus, com aparência de religiosidade, mas rejeitando-lhe o poder. Afasta –te também desses (II Timóteo 3.1-5).





Pense comigo um pouco à luz deste texto, que de acordo com grande parte dos teólogos pode ter sido uma das últimas palavras do apóstolo Paulo antes de ser decapitado em Roma por volta do ano 64 d.C. Agora olhe para as manchetes dos jornais, dos telejornais e das revistas e veja a sua volta, em sua comunidade, no trabalho. Certamente você, meu caro leitor, deve concordar comigo que um texto como este encaixa perfeitamente em dias atuais.





Fecho aqui meu parêntese e voltemos à parábola em questão, narrativa de Mateus que cada um daqueles que foram convidados estavam preocupados com seus afazeres naturais como trabalho e negócios e suas prioridades em relação ao chamado do rei estavam em último lugar e não somente, mas o texto nos remete a uma rebeldia deliberada por partes dos convidados, pois eles não ficaram satisfeitos em apenas rejeitar o convite do rei, mas pegaram de assalto os servos do rei e violentamente os maltratam e os mataram. Olhando para nossos dias não é diferente quando o assunto é reino de Deus e as boas novas do Evangelho que transforma vidas. Ainda em nossos dias cristãos estão sendo mortos por anunciarem as boas novas do reino. No Brasil ainda não chegamos a este ponto, mas provavelmente se as leis antibíblicas e imorais forem sancionadas certamente as prisões ficaram cheias de cristãos que continuarão a anunciar as verdades do Evangelho do Rei dos reis e Senhor dos senhores.





É claro que no tempo oportuno o Rei irá encher seu cálice de ira e lançar seu exército celestial a fim destruir os inimigos da igreja.  A narrativa da parábola contada por Jesus anuncia claramente este acontecimento. Aqui quem ler entenda o que o Espírito diz: mas o rei ficou furioso e, enviando seus exércitos, destruiu aqueles homicidas e incendiou a cidade deles.





Para concluímos a mensagem de hoje, lembrando da expressão do rei: Na verdade o banquete de casamento está preparado, mas os convidados não eram dignos [...] Porque muitos são chamados, mas poucos são escolhidos (Mateus 22.8,14).





Querido leitor Deus tem chamado homens e mulheres ao arrependimento a fim de que estes sejam salvos. Talvez é chegada as Bodas do Rei, os tempos apontam claramente que os dias estão cada vez mais difíceis e anunciam a volta do rei Jesus Cristo que julgará as nações e todos estarão diante dele para prestação de contas. Se você continuou lendo esta mensagem até agora é porque certamente Deus tem um plano especial da sua vida. Procure uma igreja mais perto da sua casa e converse com alguém sobre este plano



(*) Pastor da Igreja Presbiteriana Cidade Nova

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