Edson Honorato *

Existem muitas maneiras de encararmos determinadas situações, uma delas o eu escondido, que se manifesta bruscamente. Já em outras vezes, paramos e pensamos para logo em seguida darmos a resposta ou mesmo agir. De quando em vez fico pasmo ao deparar com situações que podem ser resolvidas com uma simples conversa e que, no entanto, geram conflitos na maioria fatais.

Eu mesmo vivi diante de um fato que deixara muitos dos que estavam próximos bem surpresos com minha reação. É que eu ri da pessoa que insistia ao relatar coisas a meu respeito e que fugia da verdade. Descobri que a pessoa tinha muita mágoa de um passado que o aborrecia e que, quando já estava bem alterado na bebida, botou o dedo no gatilho e disparou todas as centelhas de ódio sobre mim.

Muitas vezes somos obrigados a engolir sapos e cobras, principalmente de pessoas que têm suas origens brejeiras e que vivem afogados no mar das incertezas, na ignorância tonificada pela falta de autoconfiança. Posso até mesmo ser o que ele pensa, porém, conduzo meu defeito acreditado por ele, a minha maneira e sabedor de que uma das pragas dos sete pecados está impregnada no meu desafeto.

Sempre fui um audacioso covarde para sobreviver neste mundo de malucos. Tenho mil razões para não gostar do reitor da Unimontes, por ele ser um vitalício, mas nem por isso deixo de aplaudi-lo quando faz por merecer. Já uma colega minha o detesta com votos de sepultura.

Isto de não esquecer o passado é coisa de saudosista e requer muito tato para não sacrificar alguém, talvez esse alguém possa ser de natureza santa, um descobridor dos setes mares, uma pomba da paz. Talvez, a partir de hoje terei um cantinho reservado para escrever. Vou saber aproveitar e tentar passar para outros o fruto do gosto de viver em Cristo.

Vou despertar os muitos que se vangloriam da derrota de outros. Com meus pensamentos que deram mais vida ao meu viver, meus pensamentos que alimentados sempre foram, em busca de serenidade e sapiência para chegar aonde cheguei. Confesso ser feliz, rodeado de pessoas boas, minha família é linda e existe o amor.

Outra maneira de encararmos determinadas situações é saber amar de verdade, o amor que Cristo nos ensinou, é doar um pouco de si, é fazer sua parte mesmo que insuficiente para consertar o mundo, mas pelo menos você tentou e assim outros o imitaram, rasgando assim a cortina do ódio.

* Soldado de Cristo