Raphael Reys *
Sexta-feira, 26/05/06, nove horas da manhã. Segundo o dito de Henry: “A tesoura do Grande Remendão” ameaçava cortar o fio que ligava a minha alma ao corpo físico, seu lastro. Uma dose extra de medicamento tomada inadvertidamente desencadeou a braquicardia severa.
No caminho da “Grande Tesoura” estavam em cena dois atores encenando a peça “A luta contra o tempo”. O primeiro ator herói dessa quase tragédia, o Samu – Serviço de atendimento médico de urgência; com energia e profissionalismo, promoveu o meu resgate, a duras penas, em situação adversa.
Encaminhou-me, já com a assistência médica devida, até o local onde se desenvolveu o ato II, a Santa Casa de Misericórdia de Montes Claros. O gigante notável! Lá, com a competência do seu corpo clínico adquirida na longitude da existência e nas adversidades, mantiveram a minha vida no palco das tragédias e comédias que é a existência humana.
Uma fantástica e eficaz equipe de profissionais médicos e enfermeiros e auxiliares, executaram o ato III. “Mantê-lo em vida”. A sorte estava ao meu lado, pois fui atendido pelo competente e humano cardiologista Geraldo Darcy Ribeiro. Foram horas de socorro médico para conter o quadro desesperador que se fazia.
O Grande Gigante salvador de vidas, a Santa Casa de Montes Claros, devolvia a esta terra um seu filho que há cinqüenta e nove anos lá nascera pelas mãos abençoadas das irmãs.
No caminho do ato IV, o amigo de outras emergências médicas, Geraldo Sérgio, preceptor da Unimontes. Moveu-se fraternalmente, buscando conseguir a vaga na CTI. Neste ambiente, “Um sonho em azul suave”, de conforto cinco estrelas, pessoal altamente treinado, uma aura de tranqüilidade e satisfação para o paciente. Parabéns, pois, aos médicos e ao provedor Elias Siuffi!
O amigo do peito, Noasses Diamantino, mesmo no seu descanso semanal; por telefone deu retorno e acionou a sua aluna Mônica Magalhães, para o acompanhamento e controle medicamentoso, já na enfermaria masculina II.
Palmas para essa equipe fantástica!
* cronista