Wilson Silveira Lopes *
Uma bela lição que se aplica in totum ao governo “ nunca antes next país” do presidente Lula, é sem sombra de dúvida a ensinada por Friedrich Hayek: “ A única exceção à regra de que uma sociedade livre não deve ser submetida a uma finalidade exclusiva é constituída pela guerra e por outras calamidades temporárias, ocasiões em que a subordinação de quase tudo à necessidade imediata e premente é o preço que temos de pagar pela preservação, a longo prazo, da nossa liberdade.”
Estamos sem guerra!
Mas ao contrário disso, o governo do PT tem de fato submetido a população brasileira a um profundo sentimento de descaso com a sua liberdade, impingindo a todos nós ações que denigrem a imagem de nossas mais seculares instituições, formalizando o caos institucional onde as mutretas são pernas que amparam os corruptos em todos os níveis da nossa política, fazendo com que o cidadão comum tenha vergonha das suas chamadas representações, pois, mais do que corruptas são engendradas em um corporativismo delinqüente, ajustado para atender não o cidadão, mas para atender os companheiros de poder, permitindo assim a manutenção de um Estado que envergonha quando não faz a sua parte que é aplicar os impostos que recebe em favor de todos os brasileiros.
E tributo é o que o governo mais cobra do nosso povo. A CPMF recentemente aprovada é o grande exemplo da chamada surra diária que se dá nos costados sofridos dessa gente brava, impávida e ao mesmo tempo, em sua maioria, ignara, que continua a crer na política circense do governo Lula em que o pão da bolsa esmola; da bolsa escola; do vale gás, da moradia popular, etc., etc., a mais das vezes ofertadas sem qualquer contrapartida do cidadão, distribuídas como uma benesse capaz de na prática, ofertar aos indivíduos dignidade, honradez e respeito às suas condutas como pessoas humanas.
Dignidade e respeito aos cidadãos não se dá com a expectativa do “olho vesgo” na direção do voto que se compra com essa conduta, mas sim, ensinando o individuo a sair da inércia, da preguiça e do ócio; fazendo como Jesus na sua prática democrática, ensinando antes de tudo a pescar.
Ao contrário: antes de tudo servem os muitos e arbitrários tributos arrancados à força de legislações espúrias dos surrados bolsos dos contribuintes, para fomentar cada vez mais a política de boa vizinhança; o toma-lá- dá- cá nos favores miseráveis aos miseráveis do País, mas principalmente no fomento das gangues poderosas da política que não podem sofrer punições, como vimos nos casos ainda recentes noticiados pela mídia, pois que, na condição de veneráveis corruptos, pululam pelo Congresso Nacional e principalmente no Governo Federal, onde a companheirada petista se encontra devidamente instalada e faz a sua festa particular.
A guisa da falta de uma política capaz de fomentar economia aberta a permitir que todos ganhem espaço real na vida brasileira, através de mais emprego, educação e saúde, a tônica é –como a desviar de assunto – atacar os Estados Unidos da América, dita nação imperialista.
As esquerdas marxistas e sociopatas - como diria o escritor e filósofo Olavo de Carvalho -, no mundo inteiro se voltam contra aquele país, como se ele fosse a raiz de todos os males. A verdade parece ser uma questão de insuperável inveja da chamada política capitalista americana, que sempre deu certo em toda parte do mundo onde foi ou é exercitada.
Ao contrário da eternizada pregação do socialismo marxista que, onde implantado só permitiu dor e sofrimento a todos que o vivenciaram na alma e na carne.
Os exemplos são muitos: na Alemanha nazista, na Rússia de Lênin, na Itália de Mussolini, em andamento na Venezuela com o ditador Hugo Chaves, na eterna Ilha-Cárcere de Fidel e no Brasil onde vem sendo desenvolvido através do Foro de São Paulo fundado em 1990 por Luiz Inácio da Silva e Fidel Castro.
De fato, o relato abaixo, excertos de um texto do João Luiz Maud, “ Por quê eles odeiam tanto os EUA?”, serve para mostrar quanto o capitalismo faz bem ao mundo e causa inveja ao socialismo, inclusive ao nosso socialismo-democrático(e pode, socialismo e democracia a um só tempo??).
Diz ele: “ A ONU, por exemplo, utiliza em seus relatórios linhas de pobreza baseados em rendas individuais abaixo de US$ 1 (pobreza extrema) e US$ 2 diários, o que dá US$ 30 e US$ 60 mensais, respectivamente. Já os cruéis capitalistas norte-americanos colocam no seu balaio da pobreza qualquer indivíduo que não consiga ganhar - notem bem! - US$ 820 por mês, renda equivalente a de um indivíduo de classe média alta no Brasil, de acordo com o IBGE”.
Ainda diz ele:
“Para aumentar ainda mais o ódio dos marxistas pelos Estados Unidos da América - a mais capitalista das nações capitalistas -, os dados relativos ao bem-estar material da população considerada pobre naquele país indicam também que, muito diferentemente do previsto por Marx, o padrão de vida e conforto desses indivíduos supera em muito o da nobreza mais abastada, na era que precedeu a Revolução Industrial. Senão, vejamos: 43% de todas as famílias pobres são donas de sua própria casa. A residência padrão dessas famílias tem 3 dormitórios, 1,5 banheiro, garagem e varanda (ou pátio). 80% delas dispõem de calefação ou ar condicionado. O espaço interno também é confortável. Um típico americano pobre tem mais espaço de moradia do que a média das pessoas morando em Paris, Londres, Viena, Atenas e outras cidades européias. Perto de ¾ das famílias pobres nos EUA são donas de pelo menos 1 carro e 31% têm dois automóveis ou mais. 97% das residências têm televisão a cores e mais da metade têm duas ou mais. 78% têm um DVD player; 62% dispõem de Tv a cabo ou recepção por satélite. 89% das famílias pobres são donas de fornos de microondas, enquanto mais da metade delas têm equipamentos de som estéreo e 1/3 possui máquinas de lavar pratos.”
(Dados compilados pela Heritage Foundation e disponíveis em www.heritage.org/Research/Welfare/bg2064.cfm).
Daí o porquê dessa inveja capital que faz com que, especialmente nós, tenhamos cada vez mais um Estado poderoso, na contrapartida de um povo cada vez mais acachapado e pobre.
* Advogado e servidor público