Raphael Reys
Ensinam-nos as citações doutrinárias de Paulo o apóstolo tardio, a Efésios que: o escudo do cristão é a fé.
A fé, entretanto, sem sua compreensão através da interpretação, é letra morta. Daí, a necessidade de uma doutrina incondicional para dar têmpera ao escudo protetor.
O ser encarnado neste mundo de provações e aprendizados, quase sempre está à mercê de influenciações negativas e predominantes, vindas ou oriundas de mentes humanas e de mentes de seres que habitam o mundo espiritual imediato. A negatividade e suas conseqüências são, portanto, emanadas de almas em desalinho doutrinário e que na sua maioria purgam as suas incompreensões, na terra retificadora, ou nos Hades. Os Umbrais Dantescos.
Requer a dispensabilidade de um escudo doutrinariamente construído. De um cinturão, como afirma o evangelizador, feito de verdade. A couraça terá que ser de justiça, e a espada da prontidão.
A contrição só é alcançada pela incondicionalidade, isso sem a seletividade costumeira que faz-nos vítimas de nós mesmos.
Esse resguardo assim estruturado deverá ser usado para rebater as forças espirituais negativas, entretanto, sem nos esquecermos de usá-lo voltado também para o nosso interior,
Direcionando-o contra o ataque do nosso próprio Eu, o nosso Ego-cambaleante. Pronto a enfrentar as investidas do coração que, iludido pelas formas cilíndricas, pelas curvas, elege metas puramente sensoriais. Responsivamente condicionado.
Dote o seu escudo de potencialidades para serem usadas quando delas necessitar. Não o torne pesado demais com o chumbo do preconceito, das divagações teológicas e reacionárias, ou você não conseguirá mantê-lo erguido durante os combates que fatalmente serão travados.
A têmpera de aço a ser usada é extraída da compreensão, mesmo da compaixão. A energia maior é a que saí do seu próprio interior.
Erga o braço e lute! Você apenas conduzirá o instrumento da evolução, Deus-Pai é o autor da ação!