Márcio Adriano Moraes
Aquela velha charrete ainda existe,
Não tão viva como naqueles tempos,
Em que nela dormíamos serenos,
Vendo o céu cuja beleza consiste
No luzente cruzeiro que tu viste.
Iate no mar celeste sem remos.
Hoje nem as simples estrelas vemos,
No nosso peito a constelação é triste.
Não adiantou nossa promessa insana
De vivermos unidos nesta rama.
Queríamos as estrelas, ter o ápice.
O voo não nos deu a constelação,
Não alcançamos o céu, mas, sim, o chão.
E o cruzeiro próximo é o da nossa lápide.