Nelson Mandela

Jornal O Norte
Publicado em 13/05/2010 às 10:33.Atualizado em 15/11/2021 às 06:28.

Felippe Prates



Nos 20 anos de sua libertação, Mandela é ovacionado e o Parlamento se curva a “Madiba”.  Na capital da África do Sul, Johannesburgo, nenhum dos alunos que comparecem diariamente à humilde escola pública da rua Vilakazi, em Orlando West, distrito de Soweto, para um dia normal de aulas, havia nascido quando Nelson Mandela, Prêmio Nobel da Paz,  foi libertado da prisão Victor Verster, no dia 11 de fevereiro de 1990.  Passados 20 anos da data que começou a mudar a história da segregação racial na África do Sul, mesmo quem não conheceu pessoalmente o ícone da luta pelo fim do tristemente célebre e sangrento“apartheid”, se orgulhava por estudar bem ao lado da casa onde Mandela morou.  Um ambiente que respira história e fascinação.



Na nossa opinião, Nelson Mandela, o herói vivo, é, hoje, o habitante mais importante da Terra.



Distante  mil e quatrocentos quilometros dali, na distante Cidade do Cabo, começavam as comemorações pela data marcante.  O ápice aconteceu quase 12 horas depois, com a primeira aparição pública de Nelson Mandela havia vários meses.  Aos 91 anos, o mito deixou sua casa no bairro de Houghton, em Johannesburgo, para viajar e assistir ao pronunciamento à nação do presidente Jacob Zuma, no Parlamento sul-africano.  Foi uma homenagem aos 20 anos de libertação do maior lider do país em todos os tempos.



Mandela adentrou o Parlamento por uma porta lateral, no início da noite, em companhia de sua esposa, a moçambicana Graça Machel.  Quis evitar a imprensa, que até a última hora não sabia se o primeiro presidente eleito democraticamente na África do Sul, em 1994, iria comparecer em razão da saúde frágil.  Ao ter seu nome anunciado, acabou por ser ovacionado e cantado de pé, durante eufóricos 15 minutos por políticos e convidados, enquanto era ajudado a se sentar em uma das cadeiras nas galerias do Parlamento.



Durante mais de uma hora de duração do discurso de Zuma, Mandela foi mostrado 12 vezes pela câmeras das TVs, que exibiram o evento em rede nacional.  Citado por Zuma cinco vezes pelo sobrenome e outras quinze por “Madiba” (Grande Pai), o ícone acompanhou atentamente a leitura de um discurso do presidente, recheado de vagas promessas e com a afirmação de que “2010 será o ano da ação”.



- Cada sul-africano tem que se esforçar para fazer da Copa do Mundo um sucesso, tornando-a  um presente para Madiba, disse Jacob Zuma, que chegou a desejar boa sorte em sua fala ao técnico da seleção sul-africana, o brasileiro Carlos Alberto Parreira.



Pela manhã, na Cidade do Cabo, ativistas comemoraram as duas décadas da libertração de Mandela, que passára 27 anos encarcerado como prisioneiro político. 



Vida longa para o grande herói Nelson Mandela!   Seu incomum amor à Pátria, seu exemplo, sua coragem pessoal e sua maravilhosa história de vida, não só resgatam mas reduzem a pó todos os atentados à dignidade humana da História das Civilizações, ontem,  hoje, s empre!



*“Arzoê, Madiba!”



Fontes:  Instituto Sul-Africano de Relações Raciais, Departamento de Saúde da África do Sul,  Banco Mundial, South African Reserve Bank e Agência O Globo.



*”Arzoê, Madiba!” -  Vida eterna, grande pai!  (Uma saudação em dialeto Pigmeu, um das dezenas de grupos humanos, com seus idiomas e dialetos que integram a população da África do Sul).



Encantados e especialmente honrados, agradecemos a  Yvonne Silveira, a maior e mais importante de todos nós montes-clarenses vivos, natos ou *“in pectore”,  as generosas referências a este autor e ao nosso trabalho, em recente festividade.  Querida amiga, entusiasmou-se, inclusive, com a nossa  próxima ida integrando um grupo de teatro amador, mais uma vez a convite, à Stradford-on-Avon, na Inglaterra, berço do imortal William Shakespeare, para interpretarmos, em Inglês, num encontro a nível mundial, o papel  de “King Lear”, na famosa peça do dramaturgo britânico.  Na nossa opinião, é uma clamarosa injustiça o nome de Yvonne Silveira ainda não ter sido lembrado para uma cadeira da Academia Brasileira de Letras.



*”in pectore”  -  honorário 



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