ESTRANHA AUSÊNCIA
Na solenidade de posse do governador Aécio Neves, um detalhe chamou a atenção. Entre centenas de prefeitos e deputados, nenhum representante da administração da sexta (antes quinta) mais importante cidade de Minas Gerais. Nem o prefeito Athos Avelino nem ninguém que se apresentasse como seu representante se fez presente ao Palácio da Liberdade. Entre os presentes, as especulações foram inevitáveis.
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SEM TRABALHAR
Um seleto grupo de norte mineiros presente à cerimônia de posse ‘de Aécio Neves passou então a especular sobre quais teriam sido as razões da ausência do prefeito de Moc. Muitos apostavam que ele simplesmente não havia sido convidado, o que é provável. Outra teoria que ganhou força é a de que, como se tratava de um feriado, dia primeiro de janeiro, o prefeito não iria trabalhar , já que a presença na solenidade faz parte das obrigações de sua função. - Ele já não fez nada em 2006 e agora já começa 2007 sem querer trabalhar - comentou um dos presentes.
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CIDADE PARADA
Aliás, nem é preciso estar em Moc para ficar sabendo que a administração começou o ano do mesmo jeito em que terminou 2006: parada. Já no dia 02, durante a posse do secretariado, alguns montes-clarenses comentavam que ninguém de peso na administração poderia ser encontrado na cidade. O prefeito, a prefeita e os secretários mais importantes estariam todos curtindo merecidas férias.
- Quem sabe sem eles por lá, a coisa funciona... - comentou uma autoridade que assistia à posse do secretariado.
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POLÍTICO POPULAR
É de impressionar a popularidade alcançada pelo governador Aécio Neves durante o seu primeiro mandato. Quando atravessou a Praça da Liberdade, durante a solenidade de posse, foi ovacionado pela multidão. Aplausos se misturavam a gritos eufóricos de algumas fãs mais exaltadas. Quando se trabalha sério e com competência, a resposta da população é imediata. O que se planta, se colhe.
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POLÍTICO IMPOPULAR
Da mesma forma, a população não suporta demagogia e incompetência. Por mais que seja paciente, o eleitor tem seu limite, e quando percebe que foi ludibriado, acaba dando o troco. É por isso que, ao contrário do que acontece com Aécio, alguns administradores acabam sendo hostilizados ao ponto de evitar a participação em solenidades e eventos onde haja a participação popular. Prova disso foi o que aconteceu durante a formatura conjunta da Unimontes, quando o prefeito Athos Avelino teve de sair às pressas, depois de receber uma sonora vaia vinda das arquibancadas, onde mais de 10 mil pessoas assistiam ao evento.
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VAIAS REPERCUTEM
Aliás, essa comparação entre Aécio e Athos não é minha. É que durante a solenidade de posse do governador, nos bastidores do Palácio da Liberdade, as vaias recebidas pelo prefeito Athos foram bastante comentadas. É que a manifestação pública de repúdio ao prefeito foi assistida de camarote pelo então secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Paulo Kleber Duarte, por seus assessores e várias outras autoridades lotadas na capital. Resultado: a história se espalhou entre os integrantes do poder.