Moradores reclamam do descaso com o bairro Morrinhos

Jornal O Norte
15/09/2005 às 10:49.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:51

Cinara Dreide


Repórter


cinara@onorte.net

Os moradores do bairro Morrinhos sempre reclamaram da falta de um posto policial - para a segurança do bairro -, um posto de saúde - para atender a população -, uma biblioteca, uma escola de costura e uma creche. Mas nunca pedido foi ouvido, todas as tentativas foram em vão.

Para se ter uma idéia do descaso para com a população, há mais ou menos 15 anos o atual vice-prefeito, Sued Botelho e Roberto Coelho conseguiram o primeiro posto para o bairro, chamado Hélio Sales. Mas, por não terem o lote, na época, o posto foi construído no bairro Canelas, desvalorizando assim o bairro Morrinhos. Esta e muitas outras são as queixas dos moradores do bairro.

Com a nova presidência da associação, formada há quatro meses, foi desapropriado para o bairro Morrinhos um terreno de mil metros quadrados situado à rua Melo Viana, de espólio de Walter da Mota Lins. A doação foi feita e assinada pelo prefeito desde o dia 17 de fevereiro deste ano.

Este terreno está destinado à construção do Centro de saúde do bairro Morrinhos e as despesas decorrentes estão previstas no orçamento vigente da prefeitura.

DEMORA INJUSTIFICÁVEL

De acordo com o vice-presidente da Associação do bairro Morrinhos, Geraldo Coelho não há uma justificativa para tanta demora na construção do centro de saúde, pois os documentos estão todos legalizados, o local está à disposição, a planta também.

- Só falta começar a construir. 

De acordo com informações passadas para Geraldo Coelho, a demora para a construção do centro de saúde se dá porque a escritura foi enviada para Brasília e os técnicos ainda não deram resposta.

- Segundo o projeto que nós fizemos e entregamos para os responsáveis da área da saúde, o posto estaria em funcionamento até o dia 31 de dezembro deste ano, mas nada foi feito até agora e os moradores estão revoltados com esta situação. Uns até acham que não vai existir este posto - diz Geraldo Coelho.

A população está descrente de que realmente haja a implantação do posto de saúde no bairro e está usando o local para depositar lixo. Os moradores reclamam da demora e das promessas porque a cada dia a situação se agrava, pois ultimamente eles não conseguem ser atendidos no posto de saúde, do bairro Antônio Pimenta. As pessoas, então, precisam se deslocar até o posto de saúde do Cintra que é o mais próximo do bairro. O motivo é que no Antônio Pimenta há falta de médicos e super lotação de pacientes.

- Isso é um absurdo. Se eu passar mal vou ter que ir até o Cintra e se não conseguir atendimento lá vou ter que ir ao hospital mais próximo. Até eu conseguir fazer todo esse trajeto corro o risco, dependendo da situação, de morrer - diz o acadêmico de Biomedicina, Rodrigo Monção Fonseca.

Para o presidente da associação, Antônio Carlos Carvalho a necessidade do posto de saúde é gritante, principalmente porque a maioria dos moradores é de idosos e crianças.

- A única arma que temos são os jornais e o título de eleitor - diz Carlos Carvalho. 

Para o vice-presidente, a história de Samu 192 não adianta porque não atende a demanda do bairro que possui 32.902 moradores.

- O bairro Morrinhos abrange hoje 16 bairros corredores, e ficou em primeiro lugar por duas vezes em políticas públicas. Precisa ser melhor assistido - afirma Geraldo Coelho.

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