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Domingo,12 de Janeiro

Montes Claros: falta um quê de progresso

Jornal O Norte
Publicado em 24/04/2008 às 09:25.Atualizado em 15/11/2021 às 07:31.

Sarah Pará


Cigana



Meio que ao acaso tirei umas férias prêmio e fui parar no meu sertão. Encontrei pessoas que há muito não via, revi e rememorei uma vida. Ah, Montes Claros de Tino Gomes, Reginauro Silva, Braúna, Peré, Georgino Júnior, quanta saudade eu sinto dessa gente que ainda hoje conta a história desta terra. Pensei até em voltar a morar na minha Moção, como diz a especial amiga Cibele Demichele! Saudade é tudo o que eu sinto quanto vejo esse denso sertão mineiro. Que calor Montes Claros faz! Quis me apaixonar por um sertanejo roedor de pequi, mas o destino insiste que aí não é o meu lugar.



Enquanto se espera carrega pedra, acho que é isto! Montes Claros tem mil e uma faces, talvez isto a torne tão singular. Passei umas horas agradabilíssimas na Codevasf com Feli Tupinambá, Waldemiro e Lili, revi Catharina e Regina, senti falta de Dilemar! Relembramos com saudade das coletivas de imprensa na gestão de Roberto Amaral. Era sempre um acontecimento, Jorge Silveira, Felipe Gabrich, Artur Leite, Vanda Gonçalves, Manga Rosa, Rosângela Silveira, Manoel Freitas, Edmilson Guimarães, Elton Jackson, João Edwar, Gal Bernardo. Depois nos reuníamos na casa de Roberto e Neide, que recebiam a todos para um drinque, com muita simpatia e descontração.



Felicidade Tupinambá, com sua elegância costumeira, era o elo de ligação, a mais perfeita RP - Relações públicas. Bons tempos! Depois de longos anos ausente, respiro os ares de Montes Claros com outro olhar... Embora a cidade tenha se expandido com inúmeras faculdades, mais jornais em circulação, o maior número de representantes na assembléia legislativa, na cidade falta um quê de progresso.



As ruas do Centro de Monclaer estão feias, sujas, esburacadas, não pode chover que os lagos se acumulam e os carros passam dando banho na sua gente. As ruas estreitas e as calçadas, quando não esburacadas, são inclinadas. Em cidades desenvolvidas, o município incentiva seus moradores com desconto no IPTU, para imóveis que constam na sua frente, bons passeios e árvores. O visual da Princesinha do Norte é poluído. Seria importante rever o paradigma de placas de propaganda que tanto enfeiam a cidade!



Por que colocam placas horríveis na fachada das lojas, por que inclinam as calçadas, dificultando o acesso a quem anda por elas? O legislativo também pode estimular a revitalização, aprovando projeto de modernidade para o Centro e bairros da cidade. Incentivar os comerciantes a investir na boa aparência dos seus pontos de negócio. Tudo é uma questão de planejamento estratégico e vontade política. Talvez falte para Montes Claros um administrador com visão aguçada para o todo, com alcance para entender que os tempos mudaram e que o novo chique é um pensamento coletivo. Uma comunidade participativa, sem ranço político.



Hoje não se permite mais administrar uma cidade com um olhar voltado para o umbigo de quem a administra e seus apaniguados. A sociedade é soberana. Foi-se o tempo em que os coronéis ditavam as leis. Quem detinha poder no passado tem que rever seus conceitos e tratar de se adequar para assumir uma nova postura de homem e mulher públicos. Senão, pode aposentar as chuteiras! Porque aquele tempo de província já está muito distante. E hoje tudo é questionável.



Os jovens estão fazendo a diferença! Querem um representante político atuante e com transparência nas atitudes. É preciso dizer não para quem tentar comprar o voto para as próximas eleições. Montes Claros tem uma gente muito valiosa e precisa ser respeitada.

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