Geraldo Sá
Cronista esportivo
Mais para o Galo. A campanha é belíssima em comparação aos últimos cinco anos – senão mais. O Cruzeiro ainda luta – tem elenco e disputa compromissos considerados mais fracos.
Nesta reta final, algumas surpresas estão aparecendo. Cito-as: o Palmeiras perdeu oito pontos de nove disputados; o São Paulo não consegue alcançar o líder, não obstante seus tropeços ; Goiás e Internacional ficaram à deriva e não demonstram equilíbrio emocional e tático para superar o momento.
O Atlético tem uma arrancada interessante; basta ver a vitória sobre hexacampeão brasileiro, e a visualização do título que não conquista desde 1971. Com a força de sua torcida, que nunca o abandonou, e o lobby da mídia que percebe sua força e carisma, avança altaneiramente para o alvo.
O Cruzeiro, em franca ascensão, principalmente depois de conquistar nove pontos dos mesmos possíveis em três jogos, acelera e confunde os mais afamados matemáticos, lembrando a campanha vitoriosa e incontestável de 2003.
Tudo isso e mais um pouco de coragem e sorte farão com que tenhamos dois representantes na Taça Libertadores de América/2010. O que seria um grande feito. Tudo é possível. Percentualmente falando, é mais difícil para o Cruzeiro. No entanto, teoricamente enfrentará adversários menos gabaritados. Já o Galo, em vencendo jogos mais difíceis, se qualificará ainda mais.
De qualquer forma, o ineditismo de duas equipes mineiras na maior competição sulamericana seria de grande expectativa e beleza.
Por que não?