Mércio Coelho, o gestor humano - por Anelito de Oliveira

Jornal O Norte
Publicado em 12/02/2007 às 10:13.Atualizado em 15/11/2021 às 07:57.

Anelito de Oliveira *



Não só a manutenção, mas o constante fortalecimento das instituições públicas deve ser, naturalmente, uma preocupação de todos, não só daqueles que trabalham nessas instituições. Quem não trabalha ali, a grande maioria da população, tem importância fundamental, inclusive, nessa tarefa, já que conta com o distanciamento necessário para fiscalizar e criticar essas instituições. Estas existem, teoricamente, para servir bem a todos os cidadãos, e estes é que podem dizer se estão sendo bem servidos ou não, é que podem avaliar os serviços prestados, protestar, cobrar etc. Não devemos nos omitir em relação ao que se passa nas instituições públicas, sobretudo, porque, como sabemos, são elas o alicerce da própria democracia, desse regime melhor de todos, mas, também, mais difícil de se efetivar, na prática.



Na próxima semana, a Unimontes, uma das principais instituições públicas do Estado, passará por um processo importante, que deve interessar a todos os norte-mineiros, montesclarenses, não só à comunidade universitária: a eleição de diretores dos seus centros de  produção de conhecimento.  No CCH, que congrega os cursos da área de Ciências Humanas, a eleição acontecerá na quarta-feira. Quatro professores estão concorrendo: Geralda de Fátima Queiroz, Raquel Crusoé, Luzimara Silveira Braz Machado e Mércio Coelho, que busca a reeleição. Todos são, naturalmente, importantes, com um histórico exemplar de dedicação à Unimontes, dignos do cargo que pleiteiam. Todavia, como eleição é momento de escolher, não há dúvida de que o prof. Mércio conta com maiores possibilidades, neste momento, de dar ao CCH a sua devida orientação.



Naturalmente, cada um tem seu conceito de gestão, cada um julga saber o que é uma orientação correta para o órgão que está dirigindo, de maneira que soa esquisito este meu ponto de vista. Mas, se o sustento, é porque não se pode negar que persevera aqui e ali um conceito de gestão, uma visão, melhor dizendo, que não condiz com o século XXI, que está ligada a uma essência autoritária que permeia a história brasileira e precisa ser urgentemente erradicada. Assim, por uma questão mesmo de bom senso, creio que uma orientação correta para o CCH, e para qualquer centro de ciências humanas, para a Universidade de um modo geral, é aquela fundamentada em valores humanitários, como a solidariedade, a amizade, a tolerância. São estes valores que têm norteado, a meu ver, a gestão do prof. Mércio Coelho no CCH desde o semestre passado.



Tais valores, raros nos dias atuais, são quase invisíveis, não chegam, claro, ao conhecimento de um grande número de pessoas, motivo pelo qual não podem ser arrolados – diriam os pragmáticos – como prova da qualidade de uma gestão. Essa prova se encontra, também penso neste instante, em ações, em decisões, enfim, em realizações – e o fato é que estas são muitas hoje no CCH, atestando a competência administrativa de Mércio: a aquisição de novos equipamentos de informática, reestruturação do espaço do xerox, reestruturação do espaço das coordenadorias de curso, disponibilização de salas para reunião de professores e, mais, recentemente, a disponibilização de salas para o Grupo de Estudos Literários, que, sob a competente coordenação do Prof. Dr. Osmar Pereira Oliva, está implantando o Programa de Mestrado “strictu senso” em Letras na Unimontes.



Com todo respeito pelos demais professores que estão na disputa, há muitos motivos para reelegermos o prof. Mércio Coelho para a diretoria do CCH na próxima quarta-feira, cada departamento, cada professor e cada acadêmico tem o seu motivo. Mas quero ressaltar um motivo comum, que diz respeito a todos nós, aos que estão dentro e fora da Unimontes, motivo que justifica, decisivamente, nossa escolha: o humanismo explícito de Mércio, sua capacidade de trabalhar pela felicidade coletiva, de amparar o próximo, de ouvi-lo com atenção e procurar solução para os seus problemas profissionais. Num Centro de Ciências Humanas, o prof. Mércio Coelho, docente do Departamento de Filosofia, tem sabido dar exemplo de como administrar humanamente. Diferença necessária.



* Doutor em Letras pela USP, Mestre em Letras pela UFMG, ex-Superintendente de Publicações e Editor do Suplemento Literário de Minas Gerais, professor do Departamento de Comunicação e Letras e do Mestrado em Desenvolvimento Social da Unimontes, Coordenador do Setor de Publicações das Faculdades Santo Agostinho

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