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Sexta-Feira,10 de Janeiro

Leitura Sem Censura - LUZES DA MINHA TERRA- por Adilson Cardoso

Jornal O Norte
Publicado em 14/02/2008 às 10:38.Atualizado em 15/11/2021 às 07:25.

Montes Claros, “Montes Clareou”. Nas vozes dos nossos poetas que não  se cansam de exaltar esta “mãe”. Bandoleiros que vagam Brasis a fora, que se atrevem a outros países, outros continentes, mas sempre voltam. Trazendo nos bornais outras culturas, para matar a  saudade danada de doída. Terra querida que não se cansa da luta, chora  a violência que consumiu muitos dos filhos teus, lamenta a droga ilícita que invadiu suas ruas e casas. Porém, é só um tiquinho de nada que fica triste, logo muda a estação e novas flores nascem  nas serras, nas praças e nos jardins. No mercadão chega o umbú e o pequi, o cheiro da vida explodindo na união dos povos que praticam a boa prosa, andando pelas bancas esverdeadas das hortaliças.



Ali pouco a frente está Tiburcio o “Artesão da Madeira”, homem simples de pouca fala, mas que não fala pouco, expressa toda sua saudade do Vale do Gorutuba onde foi criado, através de carros bois que segundo ele ainda canta na  memória, caçadores acompanhados de seus cães fiéis e uma grande variedade  de outras pessoas de pés amparados por chinelos de couro simples as  vezes pés descalços, ainda frutas, machados, foices, facões e gamelas que são pratos que acode o  de comer do sertanejo. E uma linda canção é entoada no segundo andar, a feijoada dá sustança, para o gole de pinga amarela que veio de Januária, o refrão diz que “no mês que vem eu vou de trem pra Montes Claros”. Dona Maria lá de Monte Azul, escuta e gosta mas não acredita que o Trem um dia volta e Deus salve a persistência de Alberto Bouchardet. Tem um Curralzim lá no Bairro Major Prates com um “Boi” marrento, que insiste em dizer que quem “nasceu pra ser guerreiro não aceita cativeiro”. Olha que muita gente concorda e lota o lugar, só que o moço


não se contenta  só nisso, também  vai poetar a paixão do Colibri pela Flor.



Montes Claros “Cidade da Arte e da Cultura”, Reginauro me disse que foi ele o criador da Frase, tomando pinga com losna lá no Buteco de Beto, em frente o Mercado Sul, Dôda ainda pertencia ao mundo dos vivos, e concordou pedindo para pagar uma pura. Se é Cultura Aroldo Pereira é sinônimo, Mirna Mendes e suas performances Reinilson Durães é mais que poesia isto é uma “Transa Poética”. Que fica mais Figueira se Jason tocar o berrante e  fazer suas rimas de cordeleiro. Eltomar Santoro o “Glauber” de Georgino Junior, com suas déias extra-entendimentos de meros críticos de porra nenhuma compondo com ansiedade de quem é arte por existir.



Seu José Afonso lá do Tiradentes, que ensaca a Viola e sai pelas madrugadas foliando, no posto de Folião Guia diz que é tudo em nome do “Divino Santos Reis”. Hélio Brantes enxerga a rua e estuda sua perspectiva, Heloisa Dumont recorre a História da Arte. Edmilson está lá na rua Iguaçu nas horas vagas silkando camisetas, Disseram que Luiz Carlos Gusmão almoçou no Restaurante Popular da Cula Mangabeira e, a Banda Inspira Samba continua tocando Raiz. Raphael Reys nos “Casos e Ocasos” continua exumando nossa ida, Charles Canela denuncia o sumiço de “Requebra”. E a Festa do Pequi está chegando.

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