Leitura sem censura: A fala de um louco qualquer - por Adilson Cardoso

Jornal O Norte
09/01/2009 às 11:55.
Atualizado em 15/11/2021 às 06:49

Adilson Cardoso


adilson.airon@mail.com

Quando quis mudar para a casa do sapo não sabia que teria que usar as escadas da torre de Notredame, voar não era  meu único sonho já que a morte de Ícaro me deixou de luto durante três dias em que choveram em  Santa Catarina, e muitas pessoas em todo o Brasil poderiam ter doado alimentos, mas nada fizeram para evitar que a noite chegasse e  as latas de cerveja fossem  tomadas. Todos sabem que não é  fácil andar feito desorientado com um caderno em baixo do braço fazendo poesia e rindo a toa, mas Arnaldo Antunes veio e diz que o que não é o que não pode ser que não é o que não pode ser, ou não ser eis a questão que o teatrólogo brincando de ser  filósofo abundou numa época tão distante que é mais longe que daqui em Bonito de Minas andando à pé. Peças à parte, fatos são fatos e de pequi entendo quando estou roendo,sua cor de ouro como os cabelos de Sâmia que me deixaram sem comer quando enrroscaram no macarrão, que sem queijo fica mais saborosa que a torta de frango inventada não sei por quem. Quem disse que isto é sempre isto se aquilo também pode ser isto, depende da perspectiva que se olha o olho do observador, por exemplo qualquer coisa pode ser dita quando se esquece o assunto que havia sido mencionado como ocorre neste exato momento.Então como todos os metidos a cronistas da Folha de São Paulo estou sendo o máximo, serei chique como o Simão que só faz rarara, ou idiota como o Mainardi da Veja que sofre de Lulofobia, treino para ser uma Lia Luft, se não chego ao ponto que planejei reinvento meu som e vou cair na Jandaia com duas pedras de gelo e gosto de Caju. Mas ainda insisto na casinha de sapo que um dia meu amigo mastigou e ficou na rua com os olhos vermelho dizendo que era o baterista do Led Zepellin e faria o Mob Dick com dois palitos de churrasco, na cabeça dele o som foi o máximo mas na minha nada escutei bom, mas poderia ser melhor como Erasmo de Roterdam elogiou a loucura, precisei dizer que era bonito para beijar Sandrinha que era linda e desde pequena não enxergava nada. E para terminar esta minha conversa quero mandar um beijo para Iracema filha de Araquém chefe dos Tabajaras, que se entregou ao guerreiro branco e foi morrer de solidão com um filho nos braços depois da visita de Caiubi. Por isso tudo nada é mais importante que as nossas intrínsecas pessoalidades, e salve a loucura!

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