Joenildo de Souza Chaves e a carne de sol e do pequi x peixe com maxixe

Jornal O Norte
06/02/2006 às 12:07.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:29

Samuel Nunes *

Montes Claros tem como características, além dos montes, a hospitalidade e a receptividade do seu povo. No entanto, um traço que considero marcante na terra da carne de sol - e que sol! - e do pequi, é a grandiosidade de alguns homens que daqui saíram para desbravar outros cantos deste país de dimensões continentais. Posso enumerar alguns como: Darcy Ribeiro antropólogo e irmão do já falecido ex-prefeito Mário Ribeiro. Darcy tinha como principal marca e lembrança a sua generosidade para com os índios e a sua intelectualidade e inteligência, que foram empregadas quando ele chegou, por mérito, ao cargo de vice-governador do estado do Rio de Janeiro.

Outro nome importante é o do jornalista Carlos Lindenberg, natural de Espinosa e criado em Montes Claros, que empresta seu precioso talento na editoria do jornal Hoje em Dia. Eduardo Lima é outro que faz sucesso nas ondas da rádio Itataiaia em BH, e assim vai. Beto Guedes na música, Bentinho no futebol e tantos outros.

- O que me fez escrever este texto sobre o desembargador Joenildo, e olhe que ainda não o conheço pessoalmente...

Mas um nome me chamou a atenção recentemente trata-se do desembargador e primeiro vice-presidente de justiça do estado de Mato Grosso do Sul, Joenildo de Souza Chaves. Inclusive ele comemorou na Catedral as bodas de prata com a filha de um grande radialista chamado Nivaldo Maciel. Ah, que saudades de você, garoto! Pois este aprendiz na escrita é um viciado em rádio e, quando ainda criança, ouvia pelas ondas da rádio Sociedade a voz marcante de Nivaldo. A esposa do doutor Joenildo é Clarice Maciel, e dessa união nasceram três filhos, sendo que dois são formados em Direito e um está cursando Medicina na cidade serrana de Teresópolis.

O que me fez escrever este texto sobre o desembargador Joenildo, e olhe que ainda não o conheço pessoalmente e não tenho qualquer tipo de ligação com o mesmo, é que ele foi desbravar um estado próximo de onde este aprendiz nasceu, Mato Grosso. Informando-me sobre a vida desse homem importante da justiça mato-grossense, fiquei sabendo que ele nasceu no estado da Bahia e tem, assim como eu, Montes Claros como mãe adotiva. No ano de 1981, doutor Joenildo saiu da nossa Moc-city para a cidade de Juína, e de lá para a capital do Mato Grosso do Sul, Campo Grande.

- Feliz porque sei que tem uma pessoa competente trabalhando na terra do peixe com maxixe. E digo uma vez mais...

Formado pela antiga Fadir, atual Unimontes, ele exerceu a profissão de 1972 a 1980, sendo que, em 1975, passou em um concurso para o cargo de delegado de polícia em Minas, não aceitando o mesmo. Ele também lecionou na Faculdade de Direito, mas seu destino estava traçado. Ah, doutor Joenildo, o senhor está perto do estado onde nasci, sendo que tenho um tio por parte da minha mãe morando na cidade de Alta Floresta. Doutor Joenildo, este aprendiz de escritor saiu com dois anos de idade da sua cidade de origem (Barra dos Bugres, colonizada pelos irmãos bolivianos). Fico feliz duplamente, sabe Joenildo, se permite chamá-lo desta forma. Feliz porque sei que tem uma pessoa competente trabalhando na terra do peixe com maxixe. E digo uma vez mais, feliz porque da terra da carne de sol com pequi saiu um ilustre representante do poder judiciário que brilha na capital de Mato Grosso do Sul.

Através do jornalismo investigativo, tive o prazer de conhecer e conversar com a mãe do doutor Joenildo de Souza Chaves, dona Elzita Chaves Souza. É com orgulho que ela fala do filho vencedor. Ela confidenciou a este aprendiz de jornalista que sempre agradece a Deus o sucesso do filho. Ela me disse também que ele é uma pessoa feliz e, sobretudo humana.

Por fim, fico por demais feliz em saber que Montes Claros produziu e ainda produz homens que não se compram e nem se vendem, mas levam o nome da nossa cidade com dignidade e sabedoria Brasil afora. A vocês, o meu, ou o melhor, o nosso muito obrigado!

Em tempo: mando um abraço para as seguintes pessoas: o jornalista Alcino, que empresta seu talento na rádio Unimontes e com quem tive o prazer de falar por telefone recentemente; Valléria, que formou-se em Filosofia pela Unimontes na última quinta-feira; para toda a turma da assessoria de comunicação da Funorte; para os meus amigos da pelada do Senai aos domingos pela manhã; e para os amigos da Ascom da prefeitura, Júnior, Laura Murta, Rita Mendes, Marlene e Cácio Xavier.

* jornalista

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