Jeny Canela Perosso
Pedagoga – Pós-graduada em Pedagogia
Como membro da Academia Feminina de Letras de Montes Claros e na minha salutar mania de cuidar, nos limites das minhas condições e possibilidades, das questões da Lingua Portuguesa, ousei sugerir à nobre instituição, a criação e oficialização de um Instituto de Língua Portuguesa. E o fiz movida não apenas pela paixão, mas também pela razão consciente do tamanho da responsabilidade que uma iniciativa dessa envergadura exige de quem sonha e de quem ousa efetiva-la. O fiz também consciente de que seria uma otima opotunidade de a Academia firmar-se no seio social em uma de suas características mais legitima de espaço de valorização das letras, bem como na capacidade que tem de deflagrar as parcerias necessárias a efetivação de um projeto tão audacioso quanto oportuno e importante. E sem as quais fica muito dificil de ser concretizado.
Uma das motivações maiores para a ousadia do sonho do empreendimento refere-se, além da paixão intrínseca pelas letras, comum aos membros da Academia, ao fato de que um Instituto de Lingua Portuguesa poderia atender a grande demanda historicamente consolidada em torno dessa área do conhecimento e instrumento de comunicação que se arrasta também em função dos poucos espaços legitimamente oficializados para a finalidade precipua de favorecer discussões, socialização e estudo das mesmas como pode constituir-se o Instituto.
Percebe-se, nesse sentido, que a medida justifica-se também pelo fato de favorecer uma valorização maior da lingua portuguesa e oportunizar, a estudantes, profissionais e a todos que admiram e gostam da mesma e defendem a necessidade de melhor trato das questões linguisticas, um espaço a mais e com caracteristicas especificas, para superação de duvidas tão comuns e que justificam a beleza e a deliciosa complexidade que envolvem a nossa lingua portuguesa.
Propõe o Instituto, numa primeiríssima instancia, o trabalho mais incisivo no sentido de seduzir para os prazeres que podem advir da leitura e da escrita e dar ênfase a necessidade de se criar e adquirir o habito de ler e de escrever diariamente. Isso para que as pessoas adquiram a consciencia da necessidade de serem protagonistas da construção do proprio conhecimento também em relação a Lingua Portuguesa. Este pode ser o desafio maior do Instituto que poderia ter a intitulação definida pela comunidade, conforme assentimento buscado em concenso no interior da Academia que tem a frente a experiencia e os conhecimentos maravilhosos da mestra e escritora Yvone Silveira e da escritora e advogada Glorinha Mameluque.
Uma outra proposta refere-se a questão das novas normas ortograficas que podem ser trabalhadas concomitantemente a produção de textos para que sejam devidamente identificadas e questionadas quanto as novas mudanças.
Caso se concretize, o Instituto pode constituir-se também numa chave para instigar a criação de novos e promissores espaços de valorização e de priorização da Nossa Lingua Portuguesa.