Raphael Reys
Relata-nos o apóstolo Paulo na sua epístola aos Romanos que a culpa é de toda a humanidade! Pois todos praticam ações negativas. Afiança ainda o doutrinador que mesmo agindo assim, o ser vivente costuma cobrar a glória de Deus!
Com estas considerações, o julgamento de qualquer espécie passa a ser um atributo puramente divino. O homem incrimina os seus semelhantes e faz ou comete as mesmas faltas que condenou. Esquece da tolerância divina com as suas próprias falácias! Ao julgar ou avaliar o seu próximo, pratica o egoísmo!
Nas instruções do príncipe Sidhartha, o que se deve condenar é o crime. O agente da ação, ou seja, a pessoa que praticou o crime será medida pela situação que o motivou, as pressões físicas e psicológicas as quais esteve exposto, antes e durante o ato.
Quando escutamos acusações contra os nossos próprios parentes, a nossa reação é de refutação dos mesmos. Alegamos que eles assim o fizeram por serem românticos e aventureiros. Desprezamos os direitos das vítimas atingidas.
Afiança a doutrina paulina: Não há uma só pessoa que faça o que é certo. Perguntado por um discípulo se sabia de quem era a culpa, Platão respondeu que Deus é inocente! Salientando ainda que a função do corpo e da alma é serem instrumentos de ação! Tragédias e comédias.
A razão que tanto almejamos é de fundo passional! Pois, só é buscada quando a nossa alma foi ferida; daí os nossos motivos serem passionais e seletivos. A régua que usamos para avaliar medir e julgar o próximo é extraída da nossa subjetividade que foi formada por preconceitos, dogmas e sugestões subliminares!
Para amenizar as nossas ações negativas: 01 – A prática da compaixão.(para com os nossos circunvizinhos, e para com nós mesmos). 02 – A redenção (a libertação dos procedimentos predominantemente materiais). 03 – A compreensão.(citada por Jesus como meta final na busca da evolução) 04 – A reciprocidade.(a troca justa com os nossos análogos).
Para completar, três roteiros de ação: 01- a morte do Ego. (pela compreensão) 02 – a segunda morte do Ego. (pela incondicionalidade dos nossos pensamentos) 03 – ter como amparo: a fé que guia!