O aspartame, usado para dar um sabor açucarado a mais de seis mil produtos de baixa caloria, produz câncer em ratos, destaca um estudo científico que poderá levar à reavaliação dos riscos que esta substância representa.
A Fundação Européia de Oncologia e Ciências do Meio Ambiente B. Ramazzini, instalada em Bolonha, Itália, anunciou ontem que os resultados de um estudo feito com 1,8 mil ratos mostram pela primeira vez que o aspartame é um agente cancerígeno. A substância é capaz de provocar linfomas e leucemia em ratas, mesmo quando administrada em doses muito parecidas com a dose diária admitida para o homem, diz o instituto em um comunicado.
O estudo gera novas dúvidas sobre os vínculos em potencial entre a exposição ao aspartame e o câncer, embora confirme a ausência de ligação entre o aspartame e tumores cerebrais, segundo nesta sexta-feira a Agência francesa de segurança sanitária dos alimentos. Estes resultados preliminares ainda devem ser confirmados antes que a Autoridade Européia de Segurança Alimentar faça uma reavaliação dos riscos ligados ao aspartame, diz o comunicado da AFSSA. A EFSA considerou ontem impróprio sugerir mudanças na dieta alimentar do consumidor com base nas informações disponíveis atualmente.