Aprígio Veloso Prates
Eu admiro as pessoas,
Que falam e não tem medo,
Quando falam a verdade,
E não guardam nenhum segredo,
E uma dessas pessoas,
É o poeta Téo Azevedo.
Dia 8 de Julho de 2004,
Ele escreveu noutro Jornal,
A sua indignação,
Com o abandono total,
Em que se encontram as Rodovias,
Estadual e Federal.
O nosso grande poeta,
Escreveu com muita sorte,
Criticando o estado atual,
Das Rodovias aqui do Norte,
E o título que ele escolheu,
Foi o de BR DA MORTE.
Em sua manifestação,
Ele foi muito feliz,
A situação é dramática,
Muito aquém do que o povo quis.
É de gente como o Téo,
Que precisa o nosso País.
Tudo que ele escreveu,
É uma verdade, eu acho,
O Governo já demonstrou,
Pra região o seu relaxo,
Apoio tudo o que o Téo disse,
E com sua licença, assino em baixo.
Acontece que nossas estradas,
Tanto Estadual como Federal,
São totalmente desprezadas,
Pelo Governo Estadual,
E todo o Norte de Minas,
Vive um abandono total.
Os Municípios são pobres,
Nada podem fazer, não.
Compete ao Governo do Estado,
Que tem convênio com a União,
Providenciar os melhoramentos,
Para a nossa região.
O problema é que tem Cidades,
Onde o Governo mais erra,
A estrada já existe,
Porém é de cascalho e terra,
Para trafegar nestas estradas,
É uma verdadeira guerra.
Se o tempo está seco,
É poeira , buraco e só,
Você trafega como m carro
Mas dá pena e dá dó,
Quando chega no final,
O carro está coberto de pó.
Quando chega as águas,
Ai vem o lamaçal,
Atoleiros e barreiras,
Dentro do leito “carroçal”,
Por isso o povo reclama,
Do tratamento desigual.
Téo falou da 135,
E fez uma comparação,
Que um dia já foi boa,
E atendeu a Região,
Mas não é só a 135,
Para isso chamo atenção.
Realmente a 135,
Que liga a região à Capital,
Merecia mais carinho,
Do Governo Estadual,
Porque sabemos que existe convênio,
Com o governo Federal.
Quando fala de Juiz de Fora,
O Téo tem muita razão,
Ali todas as rodovias,
Recebem muita atenção,
Enquanto o Norte de Minas,
Não recebe nada não.
E também no sul de Minas,
E no Triângulo Mineiro,
E nas Cidades Históricas,
São tratados com esmero,
É só o Norte de Minas,
Que vive no desespero.
Todas as rodovias deviam ter,
Um tratamento igual,
Mas as rodovias BR,
São de competência Federal,
Enquanto que as MGs,
São do Governo Estadual.
É ai que está o problema,
Com o tratamento em desigualdade,
Porque tem muitas MGs,
Que são verdadeira calamidade,
Ligando o Norte de Minas,
De Cidade em Cidade.
O que mais a gente vê,
É Políticos na televisão,
Fazendo suas propagandas,
Verdadeira enganação,
Tentando passa mais mel
Na boca do nosso povão.
Téo Azevedo fala que o povo,
Do Norte de Minas é discriminado,
Ele tem toda razão,
Porque o tratamento é diferenciado,
De todas as demais regiões,
Do nosso grande Estado.
O Governo de Minas erra,
Porque ser pobre não é defeito,
Não há razão para o Governo,
Tratar a região desse jeito,
Além da discriminação,
É muita falta de respeito.
A sua indignação é tanta,
Que ele chega a propor,
A divisão do Estado de Minas,
Para um outro Estado compor,
Em relação à região,
Isso é uma demonstração de amor.
Eu pessoalmente era contra,
Toda e qualquer divisão,
Porque eu achava que isto,
Não seria a solução,
Mas agora me convenci
Que o Téo tem toda razão.
O nosso Norte de Minas,
Vive sempre abandonado,
Vem vivendo de promessas,
De Ministros, senador e deputado,
Que só olham para região,
Quando querem ser votados.
O Téo vem sempre lutando,
Para fazer a criação,
Do Estado de São Francisco,
Para salvar a região,
De todo o Norte de Minas,
De verdadeira humilhação.
Talvez com a divisão,
E criação de um novo Estado,
Com nova estrutura de Governo,
Mais moderno e ponderado,
O povo do Norte de Minas,
Vai viver mais sossegado.
O Téo fala do abandono,
Do Vale do Jequitinhonha,
E também do Mucuri,
Que é a maior vergonha,
As migalhas que o Governo dá,
Não é o que o povo sonha.
Diz que a política dividiu,
Todo o Norte de Minas
Em três regiões diferentes,
É o que a política ensina,
Mas todas estão no Norte,
E todas tem a mesma sina.
O povo do Norte de Minas,
Está cansado de pedir,
E é por isso que o Téo e outros,
Estão querendo dividir.
E criar um novo Estado,
Para a região progredir.
Sabemos que é difícil,
Fazer esta divisão,
Até mesmo porque temos
De mexer na Constituição.
Mas, com força de vontade,
O sonho não será em vão.
Agora chegou a hora,
De acabar com tudo isto,
O povo deve se mobilizar,
E nesta eu também me arrisco,
Vamos forçar a criação,
Do Estado de São Francisco.
Para isto vamos iniciar,
A nossa batalha final,
A criação do novo Estado,
É quase uma realidade total.
Viva o Estado de São Francisco,
A nossa terra natal.