Produção: Samuel Nunes
Fotos: Wilson Medeiros
Um dia depois do anúncio de mudanças no processo seletivo da Unimontes, anunciado pelo reitor Paulo César de Almeida, dando conta que as provas discursivas não serão mais exigidas já no próximo vestibular (que acontece no dia 16 de dezembro), a reportagem de O NORTE foi saber a opinião das pessoas em relação ao fim das provas escritas.
Estudos citados pela Unimontes apontam que as provas de múltipla escolha são hoje uma tendência nacional e que visam dar mais dinamismo ao processo. Todavia, para muitos, na verdade, o maior vestibular público da região passa a ser uma loteria. Há quem aposte que, doravante, vai entrar em cena apenas o chutão: se der certo, tudo bem; se der errado, tenta outra vez.
Dos 13 entrevistados, sete são contra a transformação do vestibular em loteria, cinco são a favor e um tem dúvida.
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DIFÍCIL
Tiraram a prova aberta, mas a prova fechada vai ficar bem mais difícil. Portanto, não concordo com esta mudança.
Vanessa Rodrigues Andrade, estudante, Vila Ipiranga
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FACILIDADE
Concordo com esta mudança. Esta é mais uma novidade da Unimontes, uma vez que antes era mais difícil passar no vestibular. Agora não, as coisas facilitaram mais.
Idalino José Botelho, autônomo, Alto São João
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LIMITANDO
Sou contra. Realmente é uma loteria: as questões sendo fechadas, o candidato ficará muito limitado a responder quatro opções. Eles pensam que estão facilitando para o candidato. No entanto, eu penso que estão mesmo é dificultando.
Rodolfo Alexandre Melo, professor, Roxo Verde
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EXIGÊNCIA
Sou a favor deste novo modelo. Agora vai ficar mais fácil passar no vestibular. Só me preocupo com a prova de redação, onde a exigência será maior.
Jaime Oliveira Santos, cobrador, Vila Anália
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IMPORTÂNCIA
Esta é mais uma importante mudança conseguida pelo reitor Paulo César, que desempenha um importante papel mudando a metodologia do vestibular, nesta que é a segunda universidade do país.
João Wilson Gonçalves Pereira, Advogado, Manguês
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VAGAS
Para quem tinha dificuldade na prova aberta, esta mudança vai facilitar as coisas. Só acho que o número de candidatos por vaga vai aumentar, assim bem como o nível de exigência.
Daiana Martins Ribeiro, estudante, São Judas
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ACELERAR
De acordo com pesquisas feitas pela comissão organizadora do vestibular, quem passava no vestibular tinha uma certa coincidência entre o resultado da prova fechada e redação. Então, a medida será benéfica, pois vai acelerar o processo de revisão das provas.
Itamaury Teles, advogado, administrador, escritor e jornalista, Jardim São Luiz
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COMPETÊNCIA
Enquanto educadora, considero que a prova aberta mostra a competência de cada um. Entendo ainda que a prova aberta não testa a competência de um postulante à vaga na universidade.
Antonia Anália Santos, professora, São José
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PESQUISAS
Acho que esta mudança é importante, pois de acordo com pesquisas as primeiras 50 pessoas que passavam na prova fechada eram também as 50 primeiras na prova aberta. Então, para mim, a mudança foi bem vinda e não altera em nada.
Bruno Francis Acácio Pereira Almeida, estudante, Santos Reis
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COMPETÊNCIA
Na prova fechada, se a pessoa estudar, ela vai dar conta de fazer. quem tiver competência, terá sucesso, até porque a redação continua, ou seja, ela terá que escrever de alguma forma.
Sandra Muniz Ribeiro Drumon, comerciante, Morada do Sol
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CHUTÔMETRO
Com este modelo, qualquer pessoa fará a prova, não vai existir mais a seleção de candidatos. Agora é na base do chutão mesmo: se passar, bem, se não passar, tenta outra vez porque tudo será mais fácil.
Bruno Daniel, estudante, Cintra
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SELEÇÃO
Este processo vai facilitar para alguns. Na minha opinião, a prova aberta deveria continuar existindo para selecionar melhor quem entra na faculdade. Entendo que a qualidade vai cair. É preciso estimular o cara a escrever para que, quando ele chegar na faculdade, já tenha consciência de sua importância.
Mauricio Rodrigues Froes, estudante, Morrinhos
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DÚVIDAS
Não sou exatamente contra, só tenho dúvidas, mas com certeza as dificuldades vão aumentar, principalmente na prova de redação, onde as exigências serão ainda maiores.
Saionara Aline Nogueira Gonçalves, estudante, São José
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