Renata Martins
Repórter
O tradicional feriado de Corpus Christi comemorado em todo o mundo no na primeira quinta –feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade. Este ano o evento religioso comemorado pelos membros da igreja católica foi celebrado no dia 11 de junho, dia que antecedeu a data dedicada aos namorados.
Por motivos comerciais, este ano os tradicionais tapetes confeccionados por moradores da cidade para enfeitar as ruas do centro e dos bairros foram proibidos pelo prefeito Luiz Tadeu Leite.
De acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura, a decisão partiu de um acordo entre representantes da CDL – Câmara dos dirigentes lojistas e representantes da prefeitura. De acordo com o ex vereador Lipa Xavier, o acordo foi feito para que as vendas no comércio da cidade não fosse prejudicado.
Mas, a decisão não agradou os moradores de Montes Claros, que afirmam ter sentido falta dos tradicionais tapetes e procissões. O Norte foi às ruas e ouviu a população que cobra a manutenção das tradições.
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- A cidade está perdendo muito a tradição. A comunidade sempre prestou essa homenagem que é considerada para nós católicos uma forma de respeito a Deus. Outros feriados são respeitados, e este que é voltado para Cristo não foi respeitado.
Lucilene Rocha, dona de casa – Planalto.
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- A decisão não foi tomada apenas pela prefeitura, mas pelos representantes do comércio. Acho que este foi um fato isolado devido o dia dos namorados ter caído em uma sexta – feira. Eu ouvi dos próprios comerciantes que o resultado não foi o esperado. Então eu acredito que nos próximos anos isto não venha a se repetir.
Lipa Xavier – Ex vereador e bancário.
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- Foi triste sair às ruas em um dia tradicional para os católicos e não ver as ornamentações tradicionais. Esse tipo de atitude só prova que o comércio está acima da religiosidade. Essa é uma tradição milenar que não pode e não deve ser esquecida.
Aluízio Silveira – Aposentado, Roxo Verde.
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- A falta dos enfeites foi sentida por todas as pessoas da cidade. Mesmo aquelas que não são católicas ou que não tem nenhuma religião estranharam o fato de sair às ruas e não verem nada relacionado ao feriado de Corpus Christi. Sem dúvida a data que sobressaiu foi o dia dos namorados.
Andréia Pereira – Doutor João Alves.
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- A cidade ficou sem brilho. Tudo parecia normal. A falta da tradição foi sentida por todos. O dia de Corpus Christi perdeu um pouco do seu sentido.
Gustavo Alexandre – Vila Regina.
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- Uma tradição que vem alimentar o cristianismo no Brasil de suma importância. Não basta apenas o feriado ou ser liberado de um dia de trabalho. É necessário encontrar e entender a Deus. Eu lamentei muito o fato das ruas não serem trabalhadas como sempre foi feito. Isto tira das pessoas que acreditam em Deus a possibilidade de aumentar a fé. Eu por muitas vezes acordei de madrugada para enfeitar as ruas, o ato de participar impactava no sentido de renovação dos corações.
Juliano Gonçalves Pereira – Alto da Boa Vista.
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- Fez falta porque todas as pessoas gostam de olhar e admirar. Elas saem de casa com objetivo de divertir, mas acabam descobrindo novos valores. Tudo começa pelos desenhos que chamam a atenção.
Juliene Carla – Jaraguá.
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- A cidade perdeu um pouco da sua beleza e principalmente a religiosidade. Hoje a violência está tão grande que eventos como este que cultivam o amor ao próximo devem ser incentivados.
Alberto Benjamim Pinto – Cândida Câmara.
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- O dia foi ruim de mais, tradição é tradição e deve ser mantida. No próximo ano vamos apelar para voltar a ter os mesmo ritos de sempre.
Sebastião Martins Borges – São Judas.
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- O principal é o amor pelo próximo. Não sou chegada em religiosidade, então os enfeites não fizeram nenhuma falta. O dinheiro e o tempo gasto para ornamentar ruas deveriam ser usados para fazer bem a outras pessoas que realmente precisam. Levando doações por exemplo.
Floripes Costa de Oliveira - Alise Maia.
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- Eu nunca participei das tradições da cidade, mas mesmo assim senti falta de ver e ouvir as pessoas comentando sobre o assunto. Eu sempre vim às procissões e acho que a tradição está morrendo. As pessoas mais novas não terão acesso à história da sua própria cidade. Se os enfeites acabarem meus netos não terão chance de conhecer ou viver isto. O povo já não está tendo fé em Deus dessa forma isso vai morrer. Dinheiro pode ganhar depois, mas, Deus vem em primeiro lugar.
Carmina Pereira – Vila Atlântida.
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- Faltou muito. As ruas ficam tão bonitas, acho que as pessoas deveriam ter providenciado e colocado como sempre foi feito. E nos próximos anos eles devem voltar.
Márcia Cardoso – Cândida Câmara.
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- Pela tradição que vivemos fez muita falta. As crianças por exemplo, não terão chance de conhecer a história religiosa da cidade.
Aline Faria – Edgar Pereira.