Petrônio Braz
Apesar de nós brasileiros já suportarmos a maior carga tributária do Mundo, está em evidência, no Congresso Nacional, uma nova edição do mensalão, objetivando uma possível aprovação de um novo imposto, que viria substituir a CPMF. O Governo está distribuindo benesses aos deputados e senadores, com o dinheiro público, através das conhecidas Emendas Parlamentares. Até a Oposição vai receber. Nós, que vivemos fora do circuito decisório, nada podemos fazer a não ser esperar. Enquanto isso, a corrupção, que se diz estar sendo combatida, continua a transitar livremente pelos mais altos escalões do Governo.
A segurança nacional, no âmbito da Câmara dos Deputados, tem como vice-presidente nada menos do que a deputada Mariana Maggessi, policial licenciada, ligada ao “doutor” Álvaro Lins, líder do grupo que dava proteção ao esquema dos caça-níqueis e das milícias.
Em uma determinada Câmara de Vereadores, todos os membros foram denunciados pelo Ministério Público por desvio de dinheiro público. Em outra, com tantos vereadores cassados por corrupção, sobrou uma suplente, de apenas um voto (um voto) para o exercício do mandato popular, ausente a representatividade.
Na caso da venda da Varig, em contrariedade à legislação em vigor que regula a matéria, não admitindo a presença de capital estrangeiro além de vinte por cento, como denunciou Denise Abreu, ex-diretora da Anac, houve influência (ou pressão) da ministra Dilma Rousseff, uma forte candidata à sucessão do presidente Lula. Quanto rendeu a pressão? Ninguém sabe.
Para beneficiar os responsáveis pelas ações de desmatamento na região amazônica, o Governo instituiu o “credito verde”.
A soberania nacional está em jogo no caso das demarcações de reservas indígenas nas regiões de fronteira com outros países, retirando a autonomia fiscalizadora dos agentes da polícia federal. ONGs estrangeiras dominam a região, com benesses do Governo.
O Estatuto do Menor, criado para proteger os adolescentes, está alimentando a criação de marginais, em presença da impunidade.
O Governo trabalha em ritmo acelerado na construção das obras de transposição do rio São Francisco, quando este está se transformando no mais poluído do País, suplantando o Tietê, que corta a cidade de São Paulo.
Enquanto tudo isso acontece às nossos vistas (não se conhecendo o que se passa nos bastidores), a inflação está de volta com força total, aumentando diariamente o preço dos gêneros alimentícios. Basta que uma dona de casa compare os preços praticados pelo comércio, em uma semana, com as compras por ela feitas na semana seguinte.
Somos auto-suficientes em produção de petróleo, graças à atuação da PETROBRAS, a segunda maior empresa em capital do Mundo, no entanto, o preço dos combustíveis, pago pelos brasileiros, continua sendo um dos mais caros.
Estamos no início de um novo período eleitoral. Não vou dizer que é hora de uma tomada de posição mais consciente do eleitorado, pela simples razão de não se votar, neste País, objetivando o bem comum.
Para nossa surpresa, que possivelmente poderá ser agradável, nos Estados Unidos, lá pelas bandas Norte das Américas, o candidato negro Barack Obama, escolhidos pelos Democratas, parece que virá governar a maior potência do Mundo.