Em nome dos 12%

Jornal O Norte
14/05/2009 às 09:52.
Atualizado em 15/11/2021 às 06:58

José Wilson Santos


Jornalista


zewilsonsantos@hotmail.com

Em países onde a poligamia é liberada, os homens vivem em média 12% mais que naqueles regidos pela monogamia.

Vi a notícia faz um tempo, na coluna do Magnus, e desde então tenho pensado cá com meus botões que uma sobrevida desta não é de se jogar fora e deve ser proporcionada aos brasileiros, inclusive e principalmente por razões estratégicas. 

A coisa é séria, fique o senhor sabendo.

A constatação da longevidade dos polígamos é fruto de pesquisa realizada em 140 países por pesquisadores da Universidade de Sheffild, na Ingraterra. Os números, que não mentem, mostram que eles não só vivem mais que a gente, mas mais felizes. De onde se deduz que várias mulheres enchem menos o saco do que uma só.

Seguinte: com um país desse tamanho pra gente povoar monogamicamente, não é de se estranhar que a população esteja envelhecendo em ritmo acelerado, sem reposição e aumento compatíveis com as necessidades continentais do Brasil.

Claro que se pudéssemos ter três ou quatro esposas, mudaríamos essa estória em dois tempos. O ‘cumpanhêro’ Lula da Silva instituiria o bolsa-casamento e a gente ia levando a vida na maciota, só procriando e vivendo mais pra criar a penca de filhos.

A poligamia de quebra nos livraria dos maus bofes da patroa, lá pelas três da manhã, inevitavelmente, disparando a queima-roupa: “Bonito, hem? Posso saber por onde o senhor andava até uma hora dessa?”

Acabaria também com outro problema tupiniquim: o excesso de mulheres. Números extraoficiais indicam 10 mulheres pra cada homem, o que significa que nove delas têm dificuldades para se relacionar e procriar dentro da moral e dos bons costumes.

Um problemão e tanto pras bichinhas, tadinhas!

É quase certo que também ficaríamos livres da figura do Ricardão, porque não existiria mais Ricardão. Com tantas esposas para dar conta, presume-se que o cidadão não teria tempo nem disposição pra espichar o olho pras mulheres alheias.

Igualmente, a poligamia repercutiria muitíssimo bem no Judiciário, que ficaria livre das pencas de divórcios. Com os escassos homens tão ocupados, as mulheres pensariam nove vezes antes de pedir separação.

Como o senhor pode ver, poligamia é solução pra uma série de problemas que aflige homens, mulheres e autoridades nesse Brasilzão continental. De contrapeso, ajuda vivermos 12% mais e nos permite colaborar patrioticamente para o povoamento rejuvenescido do nosso amado país, ainda com tantas áreas fronteiriças desertas de gente. O que não deixa de ser uma tentação para eventuais grilagens de nossos vizinhos, né não?

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