Sarah Pará

Viver em sociedade requer hábitos tidos como sociais, o que muitas vezes mascara a realidade de cada um. Há pessoas que conseguem com maestria enganar o próximo; outras enganam a si próprias. Gosto muito de usar ditos populares, como: “cada um sabe de si”, ou, “quem tem telhado de vidro não joga pedra no do vizinho”. “Há políticos e políticos...” “Toda regra tem exceção”.

Fazer política hoje em dia tornou-se um negócio da China, é inquestionável. Mas justiça seja feita, se não tiver vocação, não adianta tentar nem sob reza brava que não dá certo. Não se sabe ainda é a receita para expurgar os maus políticos do cenário brasileiro.

Talvez o voto consciente fosse o caso, mas o que seria um voto consciente, para quem? Tudo é relativo! Já está incrustado, por isto torna-se muito difícil sair do inconsciente coletivo, tanto os corruptos como os corrompidos. Para muitos, voto significa dinheiro, vantagens. Diariamente noticiam as podridões que saem dos tapetes das Câmaras municipais, Federal, das Assembléias, palácios ou prefeituras.

Em qualquer desses lugares já se ouve notícias de roubalheira e corrupção para atingir o poder. Quando os caciques querem, abrem portas, têm fortuna a oferecer na compra do voto e o que deveria ser um pecado capital, passa a ser um jogo de poder! Por causa de Paulinho Ribeiro, me filiei ao PSDB em 1992, onde fiquei até há pouco tempo por fidelidade ao amigo. Agora ele se filiou ao PT e, dirige a Fundação do seu tio Darcy Ribeiro, no Rio de Janeiro.

Paulinho me convenceu que o partido surgia como uma promessa de mudança no cenário político brasileiro. À época, a estrela do partido em Minas Gerais era o prefeito de Belo Horizonte, Eduardo Azeredo, hoje Senador da República, que já foi governador de Minas. Também citado como um dos precursores do esquema financeiro mais badalado da história política do Brasil, o “Mensalão”, que teve à frente o charmoso e arrogante Marcos Valério. Este quase destruiu o governo do PT! Foi dinheiro descoberto pra tudo quanto é lado, inclusive na cueca! Recentemente o cara, Lula da Silva, chamou a elite brasileira de arrogante e prepotente!

Mas é de se perguntar: o que é isto presidente, cuspindo no prato que comeu? Leva-nos a crer que na política tanto faz começar por cima como por baixo, quando se atinge o poder, a arrogância é a mesma! Há um lado positivo, pois cada vez mais cedo o jovem se desperta e se prepara para as políticas públicas. É a possibilidade do desenvolvimento da ética e respeito pelo bem comum. Acredito que nem tudo está perdido!

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