ELES VIVEM NO MAR

Jornal O Norte
01/02/2008 às 16:04.
Atualizado em 15/11/2021 às 07:24

AJAX  TOLENTINO                         


Advogado e escritor    

O fundo do mar tem um dos sítios mais espantosos, onde vivem milhares de seres. Do menor (os plánctons), ao maior (as baleias), que só ainda existem pela dificuldade  de serem atingidos pelo homem. Mas já é sabido que as tartarugas marinhas estão em extinção.

De todos eles,  o que mais se destaca é a Baleia Azul, um mamífero marinho que se alimenta por uma cavidade onde são filtrados os alimentos(os  plânctons, da água do mar). É o maior animal  vivo da terra, podendo atingir  trinta metros de comprimento e pesar mais de 150 toneladas. Possui uma pequena abertura por onde saem jatos de água de até nove metros de altura, quando mergulham. O seu pulmão pode conter aproximadamente cinco mil litros de ar. O plâncton é a base da cadeia alimentar  de  muitos seres  do mar. É um conjunto de organismos que têm pouco poder de locomoção e vivem livremente na coluna de água. Muitas vezes não passam de larvas, que podem ser  de peixes ou de outros animias.

Mas são os corais que formam o maoir e mais belo espetáculo nas águas marinhas. Parecem flores em um belo jardim multicolorido às vezes. Outras vezes imensos tapetes irisados, cobrindo grande parte do fundo do mar, de onde são a maior geração de habitantes. Têm o corpo em forma de saco, com boca, tentáculos e esqueleto. Eles podem construir recifes, quando encontram ambiente propício, em águas costeiras tropicais ou subtropicais, e em temperaturas características. 




RECIFES DE CORAIS

Os recifes de corais são formados por pequenas colônias de animais chamados pólipos, que têm estrutura externa de composição calcária, os mais ricos e fascinantes do ecossistema marinho. Localizam-se em águas limpas e rasas, para que os vegetais existentes ao lado deles possam receber a luz do sol e produzir alimentos. Os recifes de corais são exemplos de relação harmônica, pois outros seres marinhos vivem entre eles, absorvendo o nitrogênio e o fósforo dos resíduos minerais excretados pelos corais. Quando o coral morre permanece o pólipo calcário, que serve de base para novos corais. Estima-se que os recifes de corais tenham tido a sua origem de formação há muitos anos, tendo surgido após o último período glacial, quando o nível do mar subiu, inundando a plataforma continental. Existem aproximadamente 600.000 km2 de corais no mundo, dos quais mais da metade estão localizados na Austrália, formando grandes barreiras de corais. Elas, além de ricas, possuem uma flora e uma fauna lindíssimas, e se constituem numa proteção da costa, pois quebram a força do mar, minimizando a erosão marinha.

São conhecidas no mundo, mais de 350 espécies de corais, dentre os quais 18 são encontradas na costa brasileira. Aqui, os recifes de corais estão distribuídos por cerca de 3.000 km da costa, desde o Maranhão até o sul da Bahia, ressaltando-se que são as únicas formações de recifes no Oceano Atlântico Sul. Nos corais habitam cerca de 30% de outras espécies marinhas e 65% dos peixes. Estas áreas de corais estão sendo ameaçadas pela ação do homem. Tal fato se deve, principalmente, à pesca predatória e à circulação e ancoragem de embarcações que destroem os corais, como também sua retirada para a comercialização. Outra causa de destruição vem da contaminação decorrente dos pesticidas utilizados em lavouras, que atingem os corais carregados pela correnteza dos rios. E mais, com o propósito de construir o Porto de Suape, no litoral sul de Pernambuco, foi cometido um crime ambiental de grandes proporções, com a destruição de manguezais e a dinamitação de recifes.  

Os corais são animais que maravilham o mundo submarino. Eles constituem colônias coloridas de formas espantosas, que crescem nos mares e podem formar recifes de dimensões  extraordinárias. O maior recife de coral vivo encontra-se na  Austrália. É considerado o maior ser vivo da Terra, embora com certas limitações como espécie. Porém, devido à poluição e ao aquecimento da água, está morrendo.

As colônias de corais formam um belo espetáculo. No fundo da água morna e clara, esses estranhos animais constroem formações, produzindo uma verdadeira orgia de cores. Eles existem em todas as formas, tamanhos e cores. Alguns vivem no fundo rochoso, em fendas muito profundas. Há os que são solitários. E os que formam enormes colônias. Entre aqueles que vivem em colônias estão as madréporas. Cada pólipo, ou seja, cada ser de uma colônia é mole e possui tentáculos. Apesar de mole, ele é rígido devido ao esqueleto externo calcificado. Cada um produz uma multidão de outros, formando esqueletos calcificados em uma estrutura que abriga milhões de outros seres. Essa atividade construtora pode continuar por milhares de anos, criando recifes e formando barreiras que se estendem por quilômetros ao longo das costas.

Eles, com suas cores múltiplas e belas formações, produzem lindos jardins submersos, com espécies que tremulam ao agito das águas, como flores ao soprar dos ventos, causando verdadeiro encantamento aos olhos humanos.

Este é um belo espetáculo da natureza, existente no mar e oceanos, conhecido apenas por privilegiados.

 N. Especial : O romance que escrevi “ Amor Cigano” tem nas livrarias.

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