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Sábado,11 de Janeiro

Editorial: Unidos contra a dengue

Jornal O Norte
Publicado em 22/11/2010 às 16:49.Atualizado em 15/11/2021 às 06:44.

O governador Antonio Anastasia lançou, na semana passada, o programa de controle permanente da dengue. O plano reúne Exército, Aeronáutica, ministério da Saúde, prefeituras e sociedade, em parceria com o governo do estado, no enfrentamento à ameaça de uma grande epidemia da doença. Um conjunto de ações que são uma verdadeira força tarefa.



São 432 pessoas trabalhando no combate aos focos do mosquito, sendo 200 soldados do Exército, 40 da Aeronáutica, e 192 homens treinados pela secretaria de estado de Saúde. Também integram a força tarefa, nove caminhões, dez ônibus para dar suporte às equipes de trabalho e 70 carros fumacê, cedidos pelo ministério da Saúde, e 600 bombas costais.



A previsão do governo mineiro é que ocorram mais de 500 mil casos de dengue no estado, no próximo ano. Para evitar que a epidemia aconteça, serão investidos R$ 60 milhões do Tesouro do Estado, até junho de 2011, para financiar as ações de mobilização da força tarefa.



Dados do ministério da Saúde indicam a morte de 592 pessoas vítimas da doença este ano no Brasil, um aumento de 89,7% em relação a 2009, quando foram registrados 312 óbitos. Em Minas, ocorreram 98 mortes pela doença em 2010. No ano passado foram 24. Sem uma ação efetiva de combate ao mosquito, a tendência é que esses números só aumentem no próximo ano.



Apesar de todo o aparato para a caça ao mosquito, se não houver uma participação efetiva da população, a força tarefa poderá ser em vão. Não bastam anúncios na televisão e no rádio, ou que soldados e agentes de saúde recolham materiais propensos à recriação do mosquito. É preciso que a ação seja coletiva e cada cidadão tome uma atitude em relação ao problema. Que todos mantenham seus quintais limpos, não joguem lixo nas ruas e ajudem a eliminar os focos do mosquito nas áreas de risco indicadas pela força tarefa. Que empresas, comércio, sindicatos, igrejas, clubes de serviço, ONGs, escolas, postos de combustíveis, igrejas, associações de bairros participem ativamente na prevenção e controle da dengue.



Para que as pessoas sejam mobilizadas, apesar da ameaça da doença, o esforço do poder público chega, inclusive, a oferecer prêmios àqueles que entregarem pneus e outros materiais propícios à reprodução do mosquito.



O que se espera com toda essa mobilização é que as pessoas se conscientizem e façam sua parte, afinal, o mosquito aedes aegypti não escolhe cor ou classe social, sua picada é uma ameaça a todos.

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