A imprensa livre é uma conquista do povo e povo é sinônimo de maioria. Mantê-la exige exercício de cidadania, persistência, originalidade, independência. Coragem.
Daí, que eles, uma minoria acabrunhada, de interesses molestados por ela, a imprensa livre, do alto de sua pusilanimidade tentam anulá-la com golpes baixos. Uma minoria especada pelo poder efêmero que vez em quando ensaia uma reação brotando de suas entranhas mais escuras personagens bisonhos ou não que tentam cerceá-la.
Por duas vezes, neste ano, O Norte foi escolhido para esses resquícios tirânicos. Reagiu ao assalto à liberdade de expressão. Denunciou em suas páginas a tentativa de achaque - como faz novamente nesta edição.
A verdade, próprio da imprensa livre, é que aumentou o elenco fascista na prefeitura de Montes Claros encarregado de tapar a verdade com uma peneira.
Cena um: numa tentativa frustrada da Ascom, o jornalista Waldo Ferreira é encarregado de tentar impor versões saídas do gabinete do prefeito, em lugar de reportagem da editoria política do jornal que destacava derrota fragorosa do executivo ao propor veto a projeto ético e moral, aprovado pelo legislativo, do vereador Guila Ramos, acabando com a abominável indústria das multas, sob domínio da Transmontes. Não obteve sucesso e foi desmascarado.
Cena dois: a tentativa ganha reprise. José da Conceição, presidente do Prevmoc, em tom mais grave e teatral que o subordinado de escalão inferior tenta amedrontar nossos repórteres e editores. Usando palavras ameaçadoras, desnudou sua contrariedade que denotava preocupação com as notícias de falcatruas no Shopping Popular, que dirige – e que O Norte não se esquivou de tornar públicas em sucessivas matérias. Insinuou que na seqüência do noticiário, típico da imprensa livre, acionaria a polícia federal para forçar os profissionais do jornal a provarem as suspeitas que suas notas levantaram e indicar as fontes que lhes passaram as informações.
O Norte espera que ele o faça, até mesmo para mostrar sua lisura na administração de um bem do povo, ora alvo de perder suas características sociais para se firmar com um logradouro de negociatas.
Não lograram êxito. A imprensa livre os denunciou. A imprensa livre venceu mais uma vez.