Editorial: Economia verde

Jornal O Norte
Publicado em 02/12/2010 às 14:35.Atualizado em 15/11/2021 às 06:45.

Em todo mundo, um novo modelo de economia e de desenvolvimento vem sendo discutido. É a economia verde, que prevê a transição de uma economia insustentável para uma economia de baixo carbono.



O aumento do preço de petróleo e a crise de emprego, assim como a consciência dos efeitos do aquecimento global criaram o ambiente necessário para o inicio da transição para uma economia baseada em energia limpa e renovável e no aumento da eficiência no uso dos recursos naturais.



Na verdade, desde a crise do petróleo, em 1973, a economia do petróleo e do carvão, geradores de energia fóssil, está em xeque. Mas foi a crise econômica mundial de 2008-2009 que mostrou a urgência de dar início em larga escala à economia verde, com eficiência energética, alto índice de reciclagem e reaproveitamento de matérias-primas e recursos naturais.



A iniciativa já é desenvolvida pelo Reino Unido, considerado, junto com o Brasil, uma das lideranças no movimento por uma economia mais verde.



No Brasil, projetos, ideias e iniciativas estão sendo fomentados com o propósito de colocar as potencialidades de baixo carbono do país ao alcance de compradores e investidores internacionais.



Com a economia verde, além do uso de energia não-fóssil e da reciclagem e o aproveitamento de recursos naturais, a proposta é criar novos empregos em áreas de sustentabilidade ambiental e aplicar novas tecnologias em um novo ciclo econômico, mais integrado ao meio ambiente.



A transição para uma economia verde já está a caminho em diversos países desenvolvidos em função, não necessariamente da consciência ecológica ou do altruísmo, mas de vetores como a necessidade de superar a dependência energética. Os países perceberam que terão problemas muito sérios nos próximos vinte ou trinta anos e que, portanto, a possibilidade de transitar para uma matriz com menos dependência de energias fósseis seria essencial, por razões básicas.



Segurança energética é tão importante quanto segurança alimentar e as políticas e ações do lado ambiental não podem ser dissociadas do lado social e econômico, pois o desafio é atingir o desenvolvimento socialmente includente e ambientalmente sustentável e não o crescimento a qualquer custo.

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