- Não sou eleitora em Montes Claros, tampouco resido aí e muito menos aliada à política partidarista alguma, sou apenas uma cidadã comum; entretanto, sirvo-me do espaço deste jornal que considero de grande repercussão na região para manifestar o meu repúdio à reportagem do jornal O Tempo em relação à desmoralização de um cidadão chamado Ruy Muniz. O citado jornal extrapolou os limites da respeitabilidade, da razoabilidade que devem pautar uma notícia qualquer, veiculada por um órgão da imprensa. Antes de tudo, é preciso analisar os preceitos éticos e morais e acima de tudo imparciais daquilo que se noticia ao leitor.
Não venho aqui entrar no mérito das questões de culpabilidades, veracidades ou inveracidades, envolvidos ou não envolvidos nos fatos. O que me fez ficar indignada é a forma vil e desumana de desmoralização desmedida contra um cidadão. Não importa se esse cidadão é rico, pobre, famoso, talentoso ou um João Ninguém..., mas as pessoas independentemente do seu status social devem ser preservadas naquilo que elas têm de mais sagrado: a sua idoneidade, a sua condição de ser humano dotado de sensibilidades, a sua dignidade. Se elas erram por um motivo ou por outro, o que é factível em qualquer ser humano, não precisam ser desrespeitadas publicamente, achincalhadas e expostas ao vexame, ao constrangimento e serem julgadas por notícias tendenciosas que aos olhos de um leitor inteligente, sabe muito bem discernir naquela reportagem do jornal O Tempo, uma intenção que não era informar o leitor de um fato, mas de um, eu não diria sutil, mas explícito rebaixamento moral de um cidadão, uma explícita retaliação por algum fator que o jornal deve ter contra o protagonista da reportagem, o senhor Ruy Muniz.
Os órgãos da imprensa precisam medir as conseqüências daquilo que eles veiculam como notícias. Neste ponto eu não me refiro a uma conseqüência judicial, financeira, mas eu me refiro às conseqüências psicológicas que sofre uma pessoa destroçada e aviltada nos seus direitos humanos.
Reitero que meu objetivo aqui neste espaço é apenas expressar o meu inconformismo com tantos órgãos da imprensa que ultrapassam muitas vezes as fronteiras da informação e esmagam as pessoas como se elas fossem coisas.
TÂNIA MARIA SILVA E SILVA
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