Donizete e as suas vagas na Unimontes

Jornal O Norte
Publicado em 16/09/2010 às 10:19.Atualizado em 15/11/2021 às 06:38.

Marcelo Valmor


Professor da Unimontes



Foi realizada, na Sala dos Conselhos da Unimontes nesta quarta feira (15), reunião para definir a necessidade ou não de abertura de concurso para preencher "vagas" existentes no departamento de história da Unimontes.



Diante de um grupo minoritário que planeja eliminar boa parte dos professores que construíram o curso de história daquela instituição, se levantou um outro que chama para o debate e para a solução da situação de vários profissionais.



O reitor Paulo César Almeida, na companhia da pró reitora de extensão, professora Ivete Almeida, do vice- reitor João Canela, e da pró reitora de pesquisa Sílvia Nietsche, procuraram um meio termo para colocar fim a uma situação que beira a mais completa indignação por parte daqueles que, de fato, tem se preocupado com o futuro daquela universidade.



Não se está fazendo, aqui, elogio a quem não trabalha. E também não se está fazendo acusações a quem quer que seja. Mas diante da intensa antipropaganda (boatos) contra aqueles que tem construído núcleos de trabalho, que nunca sofreram jubilação em mestrado, que não sofrem processos de nenhuma ordem dentro e fora da instituição, e que reclamam serenidade e lucidez é que este texto se levanta.



Tal reunião serviu para se lavar um pouco da roupa suja não do departamento de história, mas da universidade inteira. Concursos onde foram aprovadas pessoas com vínculos explícitos com membros da banca avaliadora (2002) foram denunciados pela professora Baby Figueiredo (apesar de não estar presente a tal reunião), e até hoje não apurados. Professora que posa de "eleita" admite sua arrogância ao sentar do lado daqueles que compõe uma cúpula que até tenta uma negociação, mas que se esquecem de virar seu rosto para os que, de fato, tem uma preocupação com aquela instituição.



Nesse grupo de professores, o atual chefe do departamento de história da Unimontes é pessoa muito mal vista no partido político que milita (PT), assim como é desprezado pelos seus pares que não enxergam nele senão um simulacro de poder baseado na mágoa e na falta de esperança.



Constrangido por denúncias entre suas alunas do ensino fundamental, e ainda não satisfeito pelo telhado que ora tem que proteger, se dirigiu à cidade de São Francisco para defenestrar um professor que aguardava seus alunos pacientemente em sala de aula, como convém a qualquer profissional que, mesmo acuado diante de problemas tão comuns a qualquer mortal, se coloca diante do seu trabalho não como uma obrigação, mas na esperança de que os diminutos chefes de departamento o deixem em paz para exercer seu mais simples ofício.



É bom que se diga que o referido chefe de departamento está sendo tratado na cidade de São Francisco como um estrangeiro. E como estamos falando do curso de história, estrangeiro para aqueles alunos que aprenderam a pensar significa o político que pousa no seu lugar de origem e, sem nenhuma satisfação à dar, se arroga no direito de dizer a eles o que tem que fazer. Lamentável.



A candidatura do professor João dos Reis Canela à reitoria no final do ano fica assim comprometida. Afinal, a panfletagem que o diminuto chefe do departamento de história fez na porta daquela instituição defendendo o nome do atual vice-reitor só faz aproximar à figura ilibada, sincera, discreta, ética e trabalhadora do professor Canela com aquela personagem. A cidade de São Francisco, por isso mesmo, está virando uma trincheira capaz de por termo àquele que, desprovido de qualquer tipo de educação, faz às vezes de ditador em um campo onde a democracia encontra-se mais plantada do que semeada.



Espero, e falo por mim, que a direção da universidade respeite a vontade da maioria do departamento de história e trate a questão do concurso público como um exercício de democracia. Afinal, se o meu candidato João Canela e o meu amigo Paulo César Almeida estão sintonizados com os novos tempos, e creio que o estão, o princípio de toda decisão, seja ela de qual ordem for, é o de respeitar as pessoas.



E é exatamente disso que estamos tratando ora por aqui.

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