Sarah Pará
Cigana
Conviver em sociedade é uma arte! A civilidade consiste nas ações do dia a dia, no respeito ao próximo. Tudo é questão de bom-senso. Por isto é muito importante conhecer os direitos e deveres do cidadão. Montes Claros, demograficamente cresceu muito, mas a infra-estrutura encolheu. O povo somente tem ônus, os benefícios ficam com poucos. Recentemente passei uma temporada em Montes Claros e andei muito de ônibus-lotação.
Confesso que fiquei assustada com a falta de respeito por parte dos donos das empresas desses lotações e com a falta de fiscalização dos órgãos competentes. Em plena luz do dia, às 11h, estava com a minha mãe no ponto de ônibus, acima do hospital São Lucas, na Avenida Geraldo Athayde. Esperamos por quase 35 minutos o ônibus da linha 72, 92...
Este não é um caso isolado. Um rapaz de aproximadamente 16, 17 anos, de bicicleta, se aproximou do passeio onde aguardávamos o lotação e, na maior cara-de-pau, olhou para nós duas, esboçou um sorriso e arrancou um colar de ouro do pescoço da minha mãe. A nossa reação foi de impotência. A avenida estava cheia de pessoas que perceberam aquele movimento, mas ninguém fez nada, claro. Nunca se sabe se o ladrãozinho está armado ou não. Alguém falou que deveríamos chamar a polícia para registrar o fato. Para quê? Seria somente para aumentar o número na estatística de crimes na cidade...
Fizemos comentário sobre o acontecido com algumas pessoas que andam de ônibus-lotação e o que ouvimos nos deixou chocadas, que é comum esse tipo de abordagem nos pontos de ônibus, sem contar quando o prejuízo é maior, como levar a bolsa ou embrulhos. É um desrespeito a falta de controle do horário dos ônibus na cidade. Afora a superlotação. Quantas vezes tivemos que esperar um ônibus e, quando chegava, estava tão cheio que tivemos que esperar o próximo, ou mais o outro próximo?
Essa prestação de serviço em Montes Claros é desrespeitosa. As empresas desses coletivos precisam ser notificadas pelo ministério público. A promotoria pública do cidadão tem que tomar conhecimento oficialmente da falta de comprometimento e respeito por parte desses empresários. A população que necessita desse serviço é penalizada muitas vezes porque não sabe a quem recorrer.
Conversei com alguns motoristas e trocadores, eles foram unânimes em dizer que a empresa tem conhecimento da situação e a ordem é para eles não conversarem com os usuários. Está na hora de acionar o ministério público, a promotoria pública do cidadão. É preciso que os responsáveis pelas empresas sejam notificados para o termo de ajustamento de conduta. O ministério público é que pode interceder a favor da coletividade, órgão da maior credibilidade, pois é o fiscalizador das leis. E, pelo andar da carruagem, ou do lotação, o direito do cidadão não está sendo respeitado. Com a palavra o promotor público do cidadão.