Senhor jornalista,


 


Primeiramente, parabéns pela postura na abordagem e críticas a respeito do mundo oficial da nossa cidade e região. Precisamos de uma imprensa assim: de gente que não se intimida e não se dobra diante do poder estabelecido. Seja ele qual for, legítimo ou não.

Particularmente considero esse que está aí, o municipal executivo, um grande engodo. Em todos os sentidos. E minha revolta - razão deste desabafo - é que ajudei a colocá-la em andamento. Ao voltar e ajudar eleger o grande chefe, dei emprego também para as Márcias, Mércios, Paulos, Fabianos e um monte de gente que ganha dinheiro para maquiar a nossa cidade.

Veja só a propaganda que anda fazendo agora, às vésperas das eleições municipais. Usando técnica de computação gráfica, está asfaltando tudo, está endireitando todas as coisas erradas e fazendo obras que não conseguiu fazer em mais de três anos de mandato. Um absurdo, propaganda enganosa. Usa verba pública, dinheiro que saiu do meu, do seu, do nosso bolso, para falar que está duplicando - ou melhor, que já duplicou - uma avenida e que está fazendo outra que praticamente atravessa a cidade. Cadê o Mocão, cadê a atenção à periferia, a saúde para todos e outras coisas que ficaram lá atrás, nas promessas de campanha? Isso a computação gráfica encobriu! E o pior, usando dinheiro público.

Até onde sei, propaganda pública é para esclarecer, para prestação de contas. E não para enganar, para a autopromoção. Quem se dizia honesto, cristão e tudo mais, lá em 2004, deveria ter vergonha de deixar tamanha mentira ir ao ar.

Bom, ainda bem que podemos contar com parte da imprensa prá exposição da nossa indignação, da nossa revolta. Dessa imprensa que não se vendeu, não se dobrou para aplaudir atos tão obscenos!

Um abraço e continue assim, criticando ou elogiando quando preciso. Nem mais e nem menos.

Ass.) Carlos, o eleitor traído por um candidato que não passou de promessas vazias.

CARLOS AUGUSTO FIGUEIREDO


carlos_a_figueiredo@yahoo.com.br