Curta política: Publicação de 7 de janeiro de 2009 - por Marcelo Valmor

Jornal O Norte
07/01/2009 às 10:43.
Atualizado em 15/11/2021 às 06:49

PÚBLICO X PRIVADO

· Em pleno feriado de 01 de janeiro de 2009, deparamos com um veículo Fiat, placa HMG 8140, do Instituto Mineiro de Agropecuária-IMA, estacionado em frente a uma padaria do centro da cidade, com o seu ocupante fazendo compras. Não seria o caso de perguntar se a utilização de veículo público fora do expediente de trabalho não constituiria uso indevido daquilo que é de todos?

 

PÚBLICO X PRIVADO II

· Essa confusão entre público e privado nos remete ao tipo de Estado português que foi transplantado para o Brasil quando do início do processo de colonização (1532). Loteado entre a nobreza tradicional e o grupo burguês de então, esse Estado foi todo atravessado por interesses particulares, transformando o que era a princípio um bem do Rei e por extensão dos seus súditos, em patrimônio daqueles que primeiro o acessaram.

 

PÚBLICO X PRIVADO III

· Em termos macro, o caso mais curioso que envolve essa confusão ocorreu com a Senadora Roseana Sarney. Acusada por José Serra, então candidato a Presidência da República de desvio de dinheiro público, a Senadora devolveu a acusação com o argumento de que queriam destruir sua candidatura. Posteriormente, diante do não convencimento, transferiu para o marido, Jorge Murad, a responsabilidade pelo delito.

 

PÚBLICO X PRIVADO IV

· Em termos micro, um cidadão estava a esperar que o telefone público estivesse disponível para a realização de uma chamada. Diante da demora, o mesmo, educadamente, perguntou a moça do orelhão se ela demoraria a liberar o telefone. Imediatamente ouviu que o telefone era público. - É por isso mesmo que estou perguntando, porque se fosse seu eu não estaria aqui, respondeu ele. Menos, gente, menos.

 

LEI SECA

· Uma das áreas mais movimentadas da cidade, a avenida Sanitária, não dispõe de um tipo de serviço básico: um ponto de táxi. Acrescente-se a isso o fato da região possuir um número considerável de bares, o que obriga os motoristas que excedem nas doses a utilizar esse serviço, sob pena de incorrerem em infração grave (dirigir embriagado), com a perda da CNH, bem como uma pesada multa.

 

PT

· Ao contrário do que se observa em âmbito nacional, o Partido dos Trabalhadores de Montes Claros passa por uma situação ímpar. Não consegue estabelecer um crescimento político regular. Isso, acredito, é fruto da falta de identidade, ou de excesso de identidade dos seus grupos. Já coligou com Tadeu tempos atrás; elege vereador legislatura sim e a outra não; apostou numa gestão (Athos) que deixou de adotar uma das suas bandeiras mais importantes de forma efetiva (Orçamento Participativo), e agora flerta com o PMDB novamente. Faltam, a meu ver, lideranças com capacidade de articular um projeto político para toda a cidade. Isso acabou por abrir espaço para grupos “estrangeiros”. Virgílio Guimarães, Paulo Guedes, Rogério Corrêa são alguns exemplos. Por isso mesmo, a cidade até insiste com o PT, quem não anda fazendo sua parte são as suas lideranças.

 

COMÉRCIO

· À Rua São Francisco, na altura do número 375, está fechada para o movimento de carros e motos há bastante tempo. Falta um projeto de recuperação do local, tal qual foi feito no quarteirão do povo. Ganharia o comércio, a Prefeitura e, principalmente a população. Solução nesse sentido deveria ser procurada pelos seus maiores interessados: os comerciantes. Pela sua importância histórica, a rua São Francisco merecia tratamento melhor.

 

CRUZEIRO ESPORTE CLUBE

· Em julho de 2008 foi aprovado na Câmara Municipal de Belo Horizonte projeto que define o dia dois de janeiro como o dia do cruzeiro e do cruzeirense. A data é alusiva ao dia da fundação do clube. O projeto é do vereador Alberto Rodrigues, locutor da rádio Itatiaia, e faz jus a um dos maiores times de futebol do mundo. Vida longa à Raposa.

 

EDUCAÇÃO

· Foi condenado no Egito, a seis anos de prisão, um professor acusado de espancar um aluno até a morte. Motivo: o aluno não havia feito o dever de casa. O país entrou em comoção, e o debate sobre os métodos educacionais voltou à baila. Uma das reclamações da população seria a idade do professor, considerado por ela muito novo. Uma pergunta poderia nos ajudar a compreender um pouco a educação brasileira: o professor teria como função ensinar macetes e fórmulas ou, além disso, ajudar a formar o cidadão?

 

EDUCAÇÃO II

· Nas nossas universidades o método mais usado é o da aula expositiva. Professores se esgoelam em sala de aula, deixando ao aluno somente esse aspecto para a avaliação dos mestres. Quem pensa fora desses termos, portanto, não se constituiria em bom professor. Conteúdo qualquer um adquire. Basta ir até uma biblioteca, baixar o material adequado, ter um mínimo de talento e pronto temos um professor. Mas a função da universidade é outra. Como foram vítimas de um sistema educacional autoritário, cabe ao ensino superior ensiná-los a pensar. Afinal, após a graduação, o que espera os futuros mestres são as pesquisas (mestrado/doutorado).

 

REFLEXÃO

· “Invista na educação e formará homens”

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