Conselho machista

Jornal O Norte
28/10/2009 às 09:43.
Atualizado em 15/11/2021 às 07:15

Sarah Pará

No século 21 as tendências de comportamentos sociais ditam novas regras. Foram atribuídas ao ser humano, homem e mulher, as mesmas responsabilidades e direitos iguais. Antes, as mulheres tinham lugar reservado em casa, era praticamente artigo de cama e mesa. Da cozinha para o quarto! É muito antipático quando ao preencher algum cadastro perguntam qual a profissão da mulher e desavisadamente colocam “do lar”! Fica parecendo que ela é uma dondoca ou  peça de decoração. Ledo engano, sem feminismo nenhum, há muito a mulher deixou de ser o tal “sexo frágil” para se tornar, muitas vezes a “chefíssima” de família. Com todo o superlativo pertinente!

Hoje as mulheres lideram em várias modalidades seja na política, no esporte, ou no que se considerava atividade somente para homem, como no caso das lutas em tatame, por exemplo; natação em águas abertas, quantas vitoriosas brasileiras estão no ranking mundial? Portanto, não há justificativa que valha o descuido de quem, inadvertidamente, fez uma lista de pessoas que, a estes olhos, viram alguns nomes somente como peças importantes para facilitar algum acesso. Senão, por que tão baixo número de mulheres para participarem do Conselho Extraordinário para as comemorações do centenário de Divinópolis?

Foram escolhidos 100 membros efetivos para compor o grupo que promoverá a execução de projetos estruturais para a cidade. Não estou legislando em causa própria, embora seja apaixonada e muito grata à Divinópolis, eu sou mesmo é do Norte, do país e de Minas, sou do Amapá e dos Montes Claros, com muito orgulho! Nada contra os nomes já empossados, se não fosse o alto percentual de homens em detrimentos das mulheres. Qual será o critério usado para desmerecer tanto as profissionais do sexo feminino? Será que prevaleceu o interesse político? Se for, sinceramente, é lamentável, que numa comemoração desta grandeza, os pseudos “donos” da cidade ainda se achem tão “coronéis” a este ponto.

Há muito Divinópolis deixou de ser uma província. Os tempos são outros, queremos saber qual foi o procedimento para deixar tantas mulheres incríveis de fora. Sem relacionar nomes, para não constrangê-las, no mínimo esta atitude merece uma satisfação. Seja qual for o grau de exigência, temos mulheres maravilhosas tão capazes ou melhores, que alguns nomes que ilustram a tal relação. Qual foi mesmo o critério utilizado?

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