Tarcísio Pimenta
Colaboração para O NORTE
A Meritocracia é o reconhecimento, por meio de avaliações, no âmbito docente das Escolas, o mérito dos melhores profissionais, também conhecido por meritocracia.
Aproximadamente há 30 anos passados verifiquei em sala de aula, que, alguns alunos não possuíam pré-requisitos necessários, nas respectivas disciplinas, para entenderem o que ora, estava sendo explanados pelos seus professores.Conseqüentemente, estavam defasados em relação aos colegas.Naquela oportunidade alegavam que seus antigos professores - não tinham lhes fornecidos estes requisitos.Então me surgiu, naquela oportunidade, a idéia de questionar a mim mesmo o seguinte: por que os alunos são sempre avaliados e os professores não?
Esperei, durante anos, que as autoridades competentes, no âmbito educacional em Minas Gerais, conscientizassem da necessidade desta avaliação dos professores mineiros no intuito da melhoria da qualidade do ensino, conseqüentemente, motivaria melhor os professores, que, receberiam através de bonificações ou outras modalidades a serem discutidas, um aumento de seus proventos. Paralelamente, fornecendo aos mesmos cursos de aperfeiçoamento, para que melhorem seus conhecimentos de conteúdo e, ou, pedagógico aos seus alunos.
Os benefícios para os alunos são vastos, mas, a melhoria dos seus conhecimentos é o maior ganho, pois elevaria a sua auto-estima e os colocaria num patamar igual ou semelhante, à maioria dos melhores estudantes de nossa comunidade e, quem sabe, em toda nossa Minas Gerais.
Essa metodologia poderia ser aplicada, em caráter experimental, em algumas Escolas, e, posteriormente em toda Minas Gerais, caso fosse bem sucedida.Porém, friso, que esta questão deverá ser apoiada e aperfeiçoada pelos nossos deputados junto à Assembléia Legislativa de Minas Gerais.
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais,. junto com a Secretaria de Estado da Educação e demais órgãos afins marcariam a data de início da implementação deste projeto, caso reconhecessem desta necessidade. É indiscutível que este método aplicado o mais breve possível,haverá,a longo prazo,dar um grande passo para a entrada de nossa Minas Gerais e,talvez de todo Brasil no contexto das grandes nações de nosso planeta.
A minha participação é tão somente contribuir para uma melhoria no Ensino.Já contribuí como professor regente em Montes Claros.Estive professor.Hoje sou professor, e, como tal pretendo continuar assim, contribuindo para uma melhoria da Educação em nossa Minas Gerais, cumprindo minha cidadania, embasado no propósito único de procurar dar subsídios para uma igualdade de oportunidades, para um melhor futuro aos jovens neste século XXI.
Entendo, com humildade, que não possuo a fórmula para melhorar a educação em Minas Gerais . Porém, com a experiência que tive durante os quase 40 anos como Professor Regente de disciplinas básicas em Escolas particulares e públicas, estou tão somente contribuindo e colocando para apreciação das autoridades e ao público em geral, as falhas, que, na minha opinião, se sanadas, em qualquer época, melhorariam a qualidade do ensino em nosso Estado, e, talvez em nosso País.
Outro ponto que gostaria de salientar, que, muitas pessoas que militam no setor educacional não aceitam a Meritocracia, pois ela vai à contra mão da isonomia salarial para os professores (igual salário para os professores).Só posso reafirmar que a igualdade salarial pode premiar os mais fracos em detrimento da qualidade do ensino, prejudicando alguns alunos que serão, futuramente, marginalizados, inseridos numa sociedade competitiva, onde todos nós, que queremos um país melhor, e uma sociedade mais igualitária para o seu melhor e maior desenvolvimento.
Preciso também destacar o importante papel que a Coordenadoria Pedagógica e a diretoria de cada escola exerceria na implementação deste projeto e de seu êxito.
É também evidente que este projeto, ao ser analisado pelas autoridades competentes, deverá ser revista à possibilidade dos profissionais da Educação dedicarem tempo integral às suas escolas: ministrando aulas de reforço com ajuda de monitores escolhidos entre os melhores alunos em sala de aula, bem como extra sala, tais como,aulas práticas,debates,visitas às Industrias,meio ambiente,etc. inseridas em suas comunidades.
“Esse processo não se deve apenas a Meritocracia em si, que é muito boa, e sim ao seu uso adequado. A Meritocracia radical é danosa, instituí-la sem garantir que as pessoas possam, de fato, competir em igualdade de condições, é uma forma de mascarar privilégios com a falsa desculpa do mérito”.
Saliento, por outro lado, que, a implantação desse projeto não trará bons frutos em curto espaço de tempo, mas, com o esforço de nossos deputados, do poder Executivo, da Assembleia Legislativa, e da Secretaria de Estado da Educação, saberão implementar essa idéia, para que, em médio prazo e em caráter experimental, colherem bons frutos na melhoria da qualidade da educação em Minas, e assim, nossa Nação, em um futuro próximo, venha ocupar um lugar de destaque no contexto Educacional entre as grandes Nações.
Todos sabemos que a “Educação é tudo” e, portanto a sua qualificação irá refletir nas melhorias de vários setores da sociedade, tais como, na saúde, na Segurança, no trabalho, no Meio Ambiente, nas pesquisas, etc. e, em resumo nas igualdades de oportunidades nas Comunidades onde estivermos inseridos.
Desde o ano de 2008, o Estado de S. Paulo vem implementando, em caráter experimental a Meritocracia, e alcançou, em um único ano, o seguinte nível de desenvolvimento considerado adequado no seu aspecto qualitativo: em 2008=26% em 2009=32% . Há décadas, a Meritocracia foi implantada em países como Coréia do Sul e Finlândia. Hoje estes países alcançaram os primeiros lugares em excelência na Educação.Em senso recente realizado em todos países como Equador, Bolívia, Paraguai e outros, os índices de desenvolvimento (PIB) é menor que o Brasil.
Não fiquemos parados, e, sim, vamos lutar para alcançar um grande desenvolvimento no século XXI.
Nossos filhos e netos merecem.
O Brasil agradece.