No princípio foi em atenção a um pedido do associado Herbert Sardinha Pinto, de Belo Horizonte, solicitando de todos nós a criação do IHGMC, em nossa cidade, com o apoio irrestrito do egrégio Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais.
Imediatamente constituímos uma comissão formada por mim (Dário Teixeira Cotrim), Haroldo Lívio de Oliveira e Wanderlino Arruda pata os preparativos dos primeiros contatos com a sociedade e, em seguida, catalogamos todos os patronos (para as 100 cadeiras) e relacionamos as pessoas qualificadas que deveriam tomar posse como acadêmico. Tudo aconteceu como estava previsto e assim nasceu a “Casa Simeão Ribeiro Pires”.
Iniciamos numa casa residencial de minha propriedade, no Bairro de Lourdes, fato que causou descontentamento por parte de alguns associados. Em vista disso, o acervo do IHGMC, doado pela nossa ilustre associada Terezinha Gomes Pires, rumou para uma das dependências da Escola Normal Professor Plínio Ribeiro, onde ficou exposto ao deus-dará por um bom tempo. Era necessário mais uma mudança para melhor preservar os livros e alguns objetos históricos. Assim, retornamos com todo o acervo para uma sala da Casa da Cidadania, da Prefeitura Municipal o que não era o ideal, mas foi o necessário para aquele momento. Hoje, finalmente, estamos alojados no sobrado “Dulce Sarmento”, antigo prédio construído pelo coronel Antônio Augusto dos Anjos. Recebemos este sobrado, por concessão da Prefeitura Municipal de Montes Claros, num esforço conjunto com a Secretaria Municipal de Cultura (João Rodrigues), do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Montes Claros (Raquel Mendonça) e do presidente do IHGMC, o coronel Lázaro Francisco Sena.
Durante esses dezesseis anos, o Instituto Histórico publicou e lançou 29 Revistas, além do Informativo mensal que há quase dez anos que circula, regulamente, entre os associados. Foram criadas salas em homenagens aos ilustres historiadores: Hermes Augusto de Paula (História), Nelson Washington Viana (Geografia), Ruth Tupinambá Graça (de entretenimentos e bazar), Ivo das Chagas (museologia – módulo I), Harlen Soares Veloso (museologia – módulo II), Haroldo Lívio de Oliveira (imobiliário manuelino da família Versiani-Maurício), Saul Martins (Artesanato em geral), Cândido Canela (literatura de cordel), Dulce Sarmento (recepção) e o pátio cultural Américo Martins Filho. Também foram criadas as seguintes bibliotecas: Brasiliano Braz (história), Urbino de Souza Viana (autores montes-clarenses) e Arthur Jardim de Castro Gomes (geografia e afins). Ainda, no sentido das homenagens, foram inaugurados três memoriais: Simeão Ribeiro Pires (Objetos pessoais), Sala Cabo Geraldo Martins Santana (material bélico) e a sala do Rádio Amador de Montes Claros (Marcelo Mameluque Mota). Para muito breve, estamos trabalhando na construção do Museu Leonardo Campos – antropologia e etnologia – uma empreitada que tem a administração das jovens Lorena e Monalisa, as filhas do homenageado.
Além das realizações apontadas no parágrafo anterior, informamos que já está em curso o terceiro Consórcio Literário do Instituto, com a publicação de doze obras literárias em cada grupo. Também estamos promovendo a criação dos “Quadros de Medalhas”, com a ajuda do associado Fabiano Lopes de Paula. É nosso entendimento fazer a coleta das medalhas dos nossos associados que não mais estão no nosso convívio, pois já são trinta os óbitos registrados. A memória da cidade de Montes Claros está em cada sala por onde passa o visitante. Certamente que você vai se emocionar com os objetos expostos. Passa lá e verifique o que estamos falando.