Dário Cotrim

Nas tradições de um povo

07/01/2022 às 00:35.
Atualizado em 10/01/2022 às 02:03

Nas tradições de um povo, bem como nos seus costumes, estão os ramos de uma história que conta as aventuras de um intrépido bandeirante paulista: Antônio Gonçalves Figueira. Por tudo isso é precisamos documentar a nossa história. O Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros tem procurado fazer a sua parte, com esmero e com carinho, na catalogação de seus arquivos. Agora com o 27º volume publicado de sua Revista, ele tem resgatado um pouco da história de Montes Claros e da região, com o intuito de preservar a memória e valorizar os costumes e as tradições do povo do Norte de Minas. Assim, como se sabe, ao conhecimento da verdade dos fatos, dos mistérios e no contraditório das versões diversas que ainda existem, possamos muito sentir desse povo as suas angústias, os seus desejos e um pouco de sua dolente alma.

Ora, certamente que no começo das nossas publicações tudo era quase que incerto. Agora, já com um longo caminho traçado nas veredas da história natural de nossa terra, possamos sentir o aspecto risonho que ele dá à nossa iniciativa de trabalho e de companheirismo no tratamento com os livros e documentos. De fato, desde o início da criação do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, em 27 de dezembro de 2006, que era desejo nosso a formação de uma valiosa Biblioteca, com livros (raros) e documentos diversos sobre o nosso passado histórico, para o deleite dos estudantes e dos historiadores e geógrafos de Montes Claros e região. 

Acudiram-nos, neste primeiro momento, todos os familiares do doutor Simeão Ribeiro Pires. Com a criação do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros foi, também, criado a “Casa Simeão Ribeiro Pires”. Na verdade, aqui se trata de uma simples homenagem para aquele que, durante toda a sua vida, dedicou de corpo e alma à história de nossa terra. Portanto, o nome “Casa Simeão Ribeiro Pires”, como se vê, dessa sucinta explicação, é muito mais do que o natural, é o mínimo que possamos fazer para homenagear aquele que escreveu “Raízes de Minas”, “Gorutuba: o Padre e a Bala de Ouro” e “Serra Geral: escravos e garimpeiros”.

Aliás, tudo que estamos fazendo é apenas paliativo. Mesmo, assim, o sobrado onde residiu a professora Dulce Sarmento foi o lugar adequado para a guarda de todo esse material. Este sobrado, recuperado pelo Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, vem abrigar todo o acervo do Doutor Simeão Ribeiro Pires. Entretanto, sabemos que o interesse político tem despertado ajuda para a permanência do Museu e do Memorial já consolidados e plenamente visitado por estudantes e outros curiosos na história local. A presença dos políticos – vereadores e deputados – é sempre bem-vinda, pois eles terão o nosso respeito e a nossa admiração com todo o nosso carinho.

No dia 4 de janeiro de 2022 empossamos o novo presidente do Instituto, o associado José Francisco Lima de Ornelas, para o biênio de 2022/2023. O evento aconteceu no Centro Cultural Hermes de Paula. O Instituto tem como objetivo maior a preservação das tradições do nosso povo. Todos sabemos que a pandemia existente, e já quase extinta do mapa, foi um fator preponderante para mudar o conceito de muitas coisas e, na cultura, nada foi diferente. Em razão disso, as nossas tradições ficaram abaladas e tiveram rumos deferentes dos anos anteriores, mas nada que não se pode modificar para melhor atender as indagações das pessoas. Estamos sempre atentos, de prontidão para, se possível, escrever a nova fase da história de Montes Claros e da região. Faça-nos uma visita!

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